O Conselho Nacional de Marketing de Vinhos da Hungria está a reforçar significativamente as suas campanhas promocionais na China e na Coreia do Sul. Estas nações foram identificadas como mercados estratégicos essenciais para impulsionar o crescimento das exportações húngaras. A estratégia visa posicionar os vinhos da Hungria num patamar de excelência, apelando a consumidores asiáticos que demonstram um paladar cada vez mais sofisticado e recetivo a produtos de alta qualidade e novidades no setor vinícola.
Na China, a estratégia de engajamento digital constitui um elemento central das ações promocionais. Estas iniciativas estão alinhadas com a celebração do Dia Internacional do Aszú, honrando o vinho doce emblemático do país. Adicionalmente, o conselho estabeleceu uma colaboração ativa com influenciadores em plataformas de comércio social, reconhecendo este canal como vital para alcançar o consumidor asiático moderno. O esforço é coordenado e visa a construção de uma narrativa de prestígio em torno dos vinhos húngaros, para além do volume de vendas imediato.
A Hungria oferece uma rica diversidade de terroirs que se estende para além da célebre região de Tokaj, incluindo áreas como Eger e Villány, cada uma contribuindo com perfis distintos para a vinicultura nacional. Para fomentar uma apreciação mais profunda, especialmente entre as gerações mais jovens, foram implementados novos programas educativos. Um exemplo é a iniciativa "Descubra a Hungria", desenvolvida em parceria com fornecedores de certificação WSET, um formato estruturado considerado fundamental para construir uma base de conhecimento sólida e transformar a curiosidade em apreciação informada.
A ligação autêntica e sensorial com o produto é catalisada através da introdução de vinhos vulcânicos em masterclasses durante visitas a adegas. Estes eventos reúnem produtores húngaros em contacto direto com importadores e consumidores nos dois países. O objetivo primordial destas manobras é estabelecer os vinhos da Hungria como uma opção premium, capitalizando a sua notável capacidade de harmonização com as cozinhas asiáticas condimentadas, como as de Sichuan e a coreana. A acidez equilibrada e a complexidade aromática de muitos vinhos húngaros, incluindo os brancos secos e os Tokajs, oferecem um contraponto ideal aos sabores intensos e picantes da gastronomia local.
A aposta nestes mercados é apoiada por tendências de consumo. Estudos recentes sobre o mercado de vinhos finos na Ásia apontam para um aumento de 15% na procura por vinhos europeus de nicho entre 2022 e 2024. Em particular, a Coreia do Sul tem evidenciado um crescimento notável no consumo de tintos encorpados, o que poderá criar oportunidades para variedades húngaras como Kadarka e Kékfrankos, apresentando alternativas aos Cabernet Sauvignon mais convencionais.