Teobromina Associada a Ritmo Mais Lento de Envelhecimento Biológico em Estudo Europeu
Editado por: Olga Samsonova
Pesquisadores do King's College London identificaram uma correlação entre os níveis circulantes de teobromina e uma desaceleração no ritmo do envelhecimento biológico, conforme revelado em uma análise recente de coortes europeias. O estudo avaliou este composto, presente no chocolate amargo, em relação a marcadores cruciais de longevidade, incluindo os padrões de metilação do DNA e o comprimento dos telômeros. A análise indicou que participantes com concentrações mais elevadas do alcaloide apresentavam uma idade biológica inferior à sua idade cronológica, sugerindo um efeito protetor contra o declínio celular associado ao tempo.
A investigação aprofundou-se em biomarcadores epigenéticos, especificamente a metilação do DNA, que é utilizada em instrumentos como o relógio epigenético para medir a idade biológica com precisão, podendo prever a longevidade e os riscos de doenças ligadas ao envelhecimento. Paralelamente, foi considerado o comprimento dos telômeros, as estruturas protetoras nas extremidades dos cromossomos que se encurtam a cada divisão celular. O encurtamento dos telômeros é um indicador estabelecido de envelhecimento celular e risco de certas patologias, sendo a disfunção telomérica apontada como uma causa principal do declínio celular.
A teobromina, um alcaloide da família das metilxantinas, é um derivado de bases púricas encontrado no cacau, juntamente com a cafeína e a teofilina. O cacau, matéria-prima do chocolate, é reconhecido pelo seu alto poder antioxidante, que combate radicais livres causadores do envelhecimento precoce. O composto, que historicamente teve uso medicinal pelos espanhóis a partir de 1536, também é conhecido por induzir sensações de bem-estar.
Os cientistas do King's College London, no entanto, emitiram um alerta ponderado, desaconselhando o aumento indiscriminado da ingestão de chocolate. Esta cautela se justifica pela presença de outros componentes, como gorduras, que podem acarretar implicações nutricionais adversas, apesar dos benefícios intrínsecos do cacau. O cacau é rico em flavonoides, vitaminas como A, B1 e E, e minerais como Magnésio e Zinco, oferecendo benefícios que abrangem desde a proteção cardiovascular até a redução da inflamação.
A compreensão da estrutura telomérica foi fundamental para o Prêmio Nobel de Medicina de 2009, concedido a Elizabeth Blackburn e outros pesquisadores pela descoberta da ação da enzima telomerase, que pode reconstruir esses segmentos de DNA. A pesquisa do King's College London estabelece a teobromina como um elemento promissor na modulação do envelhecimento ao nível molecular, medido por assinaturas epigenéticas e teloméricas. A descoberta reforça a importância de fatores como dieta e estilo de vida na influência da idade biológica, sublinhando a necessidade de estudos futuros para isolar o efeito da teobromina de outros constituintes do chocolate.
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Fontes
Pravda.sk
Wales Online
UNN
RealClearScience
SciTechDaily
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