Estudo de Quatro Anos Confirma: Trabalho Remoto Melhora Bem-Estar e Equilíbrio Vida-Trabalho

Editado por: Tatyana Hurynovich

Uma pesquisa abrangente realizada pela Universidade da Austrália Meridional, com duração de quatro anos, revelou que o trabalho remoto melhora significativamente o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e o bem-estar geral dos funcionários. O estudo acompanhou trabalhadores australianos antes e durante a pandemia de COVID-19, destacando os benefícios tangíveis de modelos de trabalho flexíveis.

Os achados indicam que os trabalhadores remotos economizam tempo e dinheiro ao eliminar o deslocamento diário, que em média consumia 4,5 horas semanais. Esse tempo recuperado é reinvestido em atividades pessoais, como exercícios, tempo com a família e descanso adicional, resultando em maior energia e menor nível de estresse. Uma descoberta notável é que os trabalhadores remotos dormem, em média, 30 minutos a mais por noite, o que contribui para uma melhor saúde mental e física. Pesquisas adicionais corroboram que a flexibilidade oferecida pelo trabalho remoto pode levar a uma redução de até 77% no estresse, em parte pela eliminação do trajeto e pela possibilidade de personalizar o ambiente de trabalho.

Além disso, o estudo observou uma tendência para hábitos alimentares mais saudáveis entre os trabalhadores remotos, com maior consumo de frutas, vegetais e refeições preparadas em casa, em detrimento de alimentos processados e refeições rápidas. Essa mudança nos hábitos alimentares, combinada com a maior disponibilidade de tempo para exercícios, contribui para um estilo de vida mais saudável e para a redução do comportamento sedentário.

A pesquisa também abordou a produtividade, indicando que o trabalho remoto, especialmente quando escolhido pelo funcionário, mantém ou até aumenta o desempenho. A autonomia sobre o ambiente e a gestão do tempo de trabalho, sem as interrupções típicas de um escritório, permite maior foco e eficiência. Estudos sugerem que trabalhadores remotos podem ser até 13% mais produtivos do que seus colegas no escritório.

No entanto, o estudo também aponta que a escolha é um fator crucial. Quando o trabalho remoto é imposto, os efeitos negativos sobre a saúde mental podem se acentuar. Por outro lado, a autonomia e a flexibilidade inerentes ao trabalho remoto voluntário promovem um aumento na satisfação com a vida e no bem-estar geral. A Universidade da Austrália Meridional concluiu que o trabalho remoto, quando optativo, impacta positivamente a motivação e o desempenho no trabalho.

Em um cenário onde o trabalho remoto e híbrido se tornam cada vez mais prevalentes, a compreensão desses benefícios é vital. A flexibilidade e o bem-estar proporcionados pelo trabalho remoto não apenas melhoram a qualidade de vida dos funcionários, mas também fortalecem a produtividade e a satisfação no trabalho, moldando um futuro profissional mais equilibrado e sustentável.

Fontes

  • Montevideo Portal / Montevideo COMM

  • University of South Australia - Vacation Research Scholarships

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