Chegada de Tripulação à ISS Contrasta com Danos Críticos na Plataforma de Lançamento Soyuz em Baikonur

A Estação Espacial Internacional (ISS) recebeu em 27 de novembro de 2025 a tripulação da missão Soyuz MS-28, um sucesso orbital que se desenrolou em paralelo com um grave incidente na infraestrutura terrestre em Baikonur, Cazaquistão.

O acoplamento bem-sucedido, realizado poucas horas após a decolagem, elevou a população da estação para dez indivíduos. A nova equipe é composta pelo astronauta da NASA, Chris Williams, e pelos cosmonautas da Roscosmos, Sergey Kud-Sverchkov e Sergei Mikaev, com um retorno previsto para o verão de 2026, após uma expedição de oito meses. Os recém-chegados juntaram-se aos sete membros da Expedição 73, que inclui os astronautas da NASA Mike Fincke, Zena Cardman e Jonny Kim, o astronauta da JAXA Kimiya Yui, e os cosmonautas da Roscosmos Sergey Ryzhikov, Alexey Zubritsky e Oleg Platonov. A transição de comando da estação para a Expedição 74 está agendada para 9 de dezembro de 2025, com a partida da tripulação da Soyuz MS-27.

O contraste operacional reside no dano substancial reportado na Plataforma de Lançamento 31 em Baikonur, imediatamente após o lançamento da Soyuz MS-28. Imagens pós-voo indicaram o colapso da plataforma de serviço móvel na vala de chama, uma estrutura essencial para lançamentos tripulados. Fontes russas indicam que este dano tornou inutilizável a única instalação operacional da Rússia para missões tripuladas, levantando preocupações sobre a continuidade dos voos humanos a partir do Cosmódromo, local do primeiro voo tripulado em 1961.

A Roscosmos emitiu uma declaração confirmando danos em vários elementos do complexo de lançamento e assegurando que as peças de reposição necessárias estão disponíveis para reparos imediatos. Contudo, estimativas preliminares de especialistas sugerem que a restauração da plataforma de serviço móvel (8U0216) pode levar até dois anos. A nave Soyuz MS-28, designada 74S, foi preparada utilizando o veículo número 753, após o veículo originalmente planejado, o No. 759, ter sofrido danos no escudo térmico durante testes de produção.

A necessidade de manter a presença humana contínua na ISS, que a NASA prevê operar até 2030, sublinha a importância crítica de métodos de acesso diversificados, como os veículos da Commercial Crew dos EUA. Este evento ressalta a resiliência da colaboração internacional, mantida pelo acordo de voos cruzados, que garante a troca de assentos entre naves Soyuz e Crew Dragon, mesmo diante de desafios de infraestrutura em terra.