Spotify Lança Funcionalidade de Mensagens para Aumentar a Interação entre Utilizadores

O Spotify está a expandir a sua plataforma para além do streaming de música com o lançamento de uma nova funcionalidade de mensagens. Esta adição, disponível para utilizadores com 16 anos ou mais, permite a partilha direta de músicas, podcasts e audiolivros dentro da aplicação, promovendo uma nova camada de interação social.

A funcionalidade de mensagens, que começou a ser implementada esta semana em mercados selecionados em dispositivos móveis, representa uma aposta renovada do Spotify na comunicação direta entre utilizadores. Após uma tentativa anterior em 2017 que não obteve o sucesso esperado devido a baixo envolvimento, a empresa, agora com um crescimento robusto de assinantes, acredita que esta nova abordagem fortalecerá a sua posição no mercado e aprofundará a ligação com a sua base de utilizadores.

Para iniciar uma conversa, os utilizadores podem aceder à secção de mensagens através do ícone do perfil no canto superior esquerdo da aplicação. A partir daí, é possível enviar pedidos de mensagem a contactos com quem já se interagiu na plataforma, seja através de playlists partilhadas, Jams, Blends ou planos familiares e Duo. Uma vez aceite o pedido, os utilizadores podem trocar mensagens de texto, reagir com emojis e partilhar conteúdo do Spotify.

O Spotify enfatiza que esta nova ferramenta foi concebida para complementar, e não substituir, a partilha de conteúdo através de outras plataformas populares como Instagram ou TikTok. A segurança é uma prioridade, com todas as mensagens protegidas por encriptação de "padrão da indústria", e a empresa utiliza tecnologia de deteção proativa para verificar conteúdo potencialmente prejudicial, com moderação humana para conteúdos sinalizados. Os utilizadores mantêm controlo total sobre as suas interações, podendo aceitar ou rejeitar pedidos, bloquear utilizadores ou desativar completamente a funcionalidade nas definições.

Paralelamente a estas inovações, observa-se uma tendência entre a geração mais jovem, conhecida como "zoomers", que optam por regressar a leitores de MP3 e dispositivos de áudio mais antigos, afastando-se de serviços de streaming. Este movimento, impulsionado pelo aumento dos preços das subscrições e pela preferência por possuir a sua música, reflete um desejo crescente por controlo sobre as coleções de música e uma possível fadiga do streaming, onde a música é cada vez mais vista como ruído de fundo, em vez de uma experiência pessoal.

A empresa tem vindo a aumentar os preços das subscrições em vários mercados, como Espanha e Itália, onde as subscrições subiram de 11 para 12 euros, numa estratégia para impulsionar a rentabilidade e financiar a inovação. Esta estratégia de preços visa equilibrar o crescimento de utilizadores com a necessidade de investir em novas funcionalidades e manter a competitividade face a rivais como Apple Music, Amazon Music e YouTube.