Inovações Tecnológicas Elevam a Longevidade de Colheitas, Redefinindo Padrões na Agroindústria

A indústria agroalimentar está testemunhando um avanço significativo na preservação da integridade de produtos frescos após a colheita, impulsionada pela necessidade de aliar qualidade e sustentabilidade. Novas soluções pós-colheita estão sendo introduzidas para redefinir o ciclo de vida de frutas e vegetais, combatendo a deterioração e o desperdício.

A Sanifruit, por exemplo, destacou-se com o lançamento de tratamentos específicos. O SaniTomato visa aprimorar a apresentação e retardar a deterioração de tomates. De forma paralela, o SaniPepper, desenvolvido pela mesma empresa, demonstrou eficácia notável na redução de infecções fúngicas e bacterianas em pimentões, conforme resultados obtidos em testes conduzidos em Almería. Essas inovações representam uma mudança de paradigma na gestão da cadeia de suprimentos, com o objetivo central de reduzir as perdas globais de alimentos.

A preocupação com a perda de valor é particularmente relevante em polos de exportação. Almería, um dos maiores exportadores mundiais de pimentão, atrás apenas do México, impulsiona a demanda por métodos que minimizem perdas causadas por agentes externos. O SaniPepper, formulado com extratos vegetais de grau alimentício e aplicado como solução aquosa, garante que o pimentão mantenha sua condição ideal por um período estendido após a secagem. Testes indicaram que a aplicação deste tratamento pode levar a uma redução de até 50% nas reclamações no destino, um resultado direto do intenso trabalho de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Sanifruit.

Esta tendência tecnológica reflete um entendimento aprofundado sobre a natureza perecível dos vegetais, que continuam processos metabólicos ativos como respiração e perda de umidade mesmo após serem colhidos. Tecnologias avançadas, como o nanoencapsulamento, criam barreiras protetoras em escala nanométrica para ajustar o fluxo de gases e retardar reações, preservando cor, sabor e textura. Outras abordagens, como revestimentos comestíveis à base de quitosana ou proteínas do soro de leite, mostraram capacidade de aumentar a durabilidade de morangos em até 60%, transformando o potencial de perda em uma oportunidade de otimização do valor intrínseco do produto.