Indulto de Trump a Ex-Presidente Hondurenho Gera Controvérsia Política e Militar

Editado por: gaya ❤️ one

O ex-mandatário hondurenho Juan Orlando Hernández foi libertado da prisão federal na segunda-feira, 1º de dezembro de 2025, após receber um indulto total e incondicional do Presidente Donald Trump. Esta ação executiva ocorreu após Hernández ter sido sentenciado em junho de 2024 a uma pena de 45 anos por sua condenação em março de 2024, que o considerou culpado de orquestrar a importação de aproximadamente 400 toneladas de cocaína para os Estados Unidos, além de delitos relacionados a armamentos. A esposa do ex-presidente, Ana García Carías, confirmou a soltura no dia seguinte, 2 de dezembro de 2025, declarando que seu marido havia recuperado sua liberdade.

O anúncio do perdão foi feito por Trump em 28 de novembro de 2025, fundamentado na alegação de que indivíduos respeitados consideravam o tratamento dado a Hernández excessivamente severo e injusto, ecoando o argumento de que ele foi vítima de uma perseguição política da administração anterior. A Secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, endossou a clemência, classificando a condenação como um "claro... excessivo enquadramento" e sugerindo que Hernández foi deliberadamente incriminado. O ex-presidente Hernández, que governou Honduras de 2014 a 2022, foi extraditado sob a gestão da atual presidente Xiomara Castro.

A decisão presidencial de Trump coincidiu com um momento de alta tensão política, ocorrendo poucos dias antes do pleito geral hondurenho, no qual Trump havia manifestado apoio explícito ao candidato conservador Nasry Asfura. O juiz Kevin Castel, durante a sentença em 2024, havia sublinhado que Hernández utilizou sua posição política para proteger traficantes que financiavam sua ascensão. Em um aparente contraste, o indulto se deu em paralelo com uma intensificação das operações militares antidrogas dos EUA, iniciadas em setembro de 2025, que, segundo relatos, resultaram na neutralização de pelo menos 21 embarcações e na morte de mais de 80 indivíduos, com ações concentradas perto da costa da Venezuela.

As repercussões políticas foram imediatas. O Líder da Maioria no Senado, Chuck Schumer, criticou a medida por transformar em "piada" o combate ao narcotráfico, contrastando o perdão com o deslocamento militar no Caribe. O Procurador-Geral de Honduras, Johel Zelaya, indicou que seu gabinete está obrigado a buscar a justiça, sinalizando que o retorno de Hernández ao país não é iminente nem garantido. O advogado de Hernández, Renato Stabile, confirmou o alívio do ex-presidente, mas mencionou o risco de represálias por parte de "narco-terroristas" como fator para um adiamento de seu retorno imediato a Honduras.

O contexto histórico revela que Hernández havia feito um apelo a Trump em outubro de 2025, alegando ser um alvo político da administração Biden. A suspensão do acordo de extradição com os EUA pela atual presidente Xiomara Castro gerou controvérsia, com críticos alegando que a medida visava proteger familiares de investigações de Washington. Dados oficiais, no entanto, mostram que o governo Castro extraditou 22 hondurenhos desde 2014, um número inferior aos 27 extraditados durante o mandato de Hernández. A decisão de Trump configura um ato de clemência atípico, concedido a um ex-chefe de estado estrangeiro condenado por tráfico de narcóticos em um momento de delicada disputa eleitoral e escalada militar na região.

Fontes

  • The Spokesman Review

  • Ambito

  • mint

  • PBS News

  • The Washington Post

  • Honduras Now

  • United States Department of Justice

  • Wikipedia

  • CBS News

  • The Guardian

  • CBC News

  • The Washington Post

  • The Hindu

  • PBS News

  • CBC News

  • The Associated Press

  • The Washington Post

  • The Hindu

  • Global News

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