A missão Juno da NASA, que explorou Júpiter desde 2016, encerrou oficialmente as suas operações científicas em setembro de 2025. Originalmente planeada para um período mais curto, a missão beneficiou de várias extensões, sendo a última aprovada até setembro de 2025. Durante este tempo prolongado, a Juno realizou sobrevoos detalhados de luas importantes como Ganímedes, Europa e Io, recolhendo dados cruciais sobre as suas características geológicas, atmosferas e composições químicas.
A nave espacial também estudou o subtil sistema de anéis de Júpiter e mapeou os formidáveis campos magnético e gravitacional do planeta. Em abril de 2025, a Juno entrou brevemente em modo de segurança durante o seu 71º sobrevoo próximo de Júpiter, uma medida preventiva devido à intensa radiação do planeta. No entanto, o controlo da missão da NASA restaurou a comunicação e a transmissão de dados, permitindo que a Juno retomasse os seus objetivos científicos.
A exploração de Júpiter pela Juno contribuiu significativamente para a compreensão geral do nosso sistema solar. A análise dos dados da missão ajudou os cientistas a refinar modelos da formação planetária e a compreender melhor a dinâmica de sistemas planetários gigantes, comuns noutros sistemas estelares. A missão também sublinhou a importância da exploração espacial a longo prazo para desvendar os mistérios do cosmos.
Com o fim das operações científicas em setembro de 2025, a vasta quantidade de dados recolhidos pela Juno transformou profundamente a nossa compreensão da atmosfera de Júpiter, da sua magnetosfera e do seu complexo sistema de satélites. As descobertas revelaram uma atmosfera muito mais dinâmica do que se pensava, com tempestades e padrões de vento que desafiam os modelos existentes. A missão forneceu também novas informações sobre a composição interna de Júpiter, sugerindo um núcleo mais difuso do que os modelos anteriores previam.
O legado da Juno reside não apenas nas suas descobertas científicas, mas também na inspiração que proporciona para futuras missões de exploração espacial, moldando a forma como os cientistas abordam o estudo de outros planetas gigantes no nosso sistema solar e para além dele.