O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, encontra-se em Paris na quinta-feira, 4 de setembro de 2025, para uma cimeira crucial com líderes europeus focada em garantias de segurança para a Ucrânia e no avanço da diplomacia. A reunião, convocada pelo Presidente francês Emmanuel Macron, segue-se a discussões anteriores em Washington e ocorre num momento em que a Rússia é acusada de continuar a protelar as negociações de paz.
A União Europeia tem mantido um apoio robusto à Ucrânia desde a invasão russa em fevereiro de 2022, com um compromisso de até 50 mil milhões de euros para o período de 2024-2027 através da Facilidade para a Ucrânia. Este apoio financeiro, juntamente com o fornecimento de munições e treino militar, demonstra a determinação europeia em fortalecer a Ucrânia. As discussões em Paris visam consolidar estes compromissos e explorar a criação de um quadro de segurança pós-conflito, incluindo planos para uma força multinacional liderada por europeus com apoio militar dos EUA.
Participantes chave na cimeira incluem o Primeiro-Ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A Alemanha, através de um plano de aumento de gastos com a defesa, também estará representada. O Presidente Zelenskyy expressou frustração com a falta de envolvimento construtivo da Rússia nas negociações, contrastando com os ataques aéreos russos em curso contra áreas civis.
Embora o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenha participado em discussões anteriores sobre a paz na Ucrânia, a sua presença em Paris não é esperada. A sua administração tem incentivado os parceiros europeus a assumirem uma maior responsabilidade pela segurança regional, adotando uma abordagem de "esperar para ver" em relação a um acordo de paz. A ausência de Trump sublinha a crescente autonomia da Europa na gestão da sua própria segurança e no apoio à Ucrânia, num contexto de confiança diminuída na unidade transatlântica.