EUA Buscam Fortalecer Fornecimento de Minerais Críticos com Fundo de US$ 5 Bilhões

Editado por: Татьяна Гуринович

Os Estados Unidos estão em negociações avançadas para a criação de um fundo de investimento de US$ 5 bilhões, focado em projetos de mineração, numa iniciativa estratégica para garantir o acesso a minerais essenciais para a transição energética e a indústria de tecnologia. A proposta, liderada pela Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional (DFC) em parceria com a Orion Resource Partners, sediada em Nova York, visa diminuir a dependência da China, que atualmente domina o processamento de muitos minerais críticos, como cobre, cobalto e terras raras. Esta colaboração representa a maior operação da DFC em sua história, refletindo um esforço conjunto para mitigar vulnerabilidades na cadeia de suprimentos global.

A estrutura proposta prevê contribuições iguais entre a DFC e a Orion, com o potencial de atingir o montante total de US$ 5 bilhões ao longo do tempo. Esta abordagem é semelhante a parcerias anteriores da Orion, incluindo um empreendimento de US$ 1,2 bilhão com o fundo soberano de Abu Dhabi, ADQ, sinalizando uma tendência crescente de colaborações público-privadas no setor de minerais críticos. O interesse dos EUA na República Democrática do Congo, o maior produtor mundial de cobalto e o segundo maior de cobre, evidencia a intensificação da competição com Pequim. A Orion está em negociações para adquirir a Chemaf Resources, após um acordo anterior com a chinesa Norinco ter sido cancelado.

A estratégia americana busca fortalecer a segurança do fornecimento, construir reservas estratégicas e diminuir a dependência da China, que detém uma posição dominante no processamento desses materiais, controlando até 90% em alguns casos. Tanto a administração de Donald Trump quanto a de Joe Biden já apoiaram projetos de mineração através de empréstimos e participações acionárias da DFC. Exemplos notáveis incluem US$ 150 milhões para a Syrah Resources em Moçambique, um fornecedor para a Tesla, e mais de US$ 550 milhões para a modernização do Corredor de Lobito na África, um projeto que visa melhorar a infraestrutura de transporte de minerais da região.

Estas ações demonstram um compromisso contínuo em diversificar as fontes de minerais essenciais para tecnologias avançadas e aplicações de defesa. A iniciativa também se alinha com esforços mais amplos para reindustrializar os EUA e garantir que o país não fique para trás na corrida global por recursos estratégicos. A demanda por minerais críticos, como cobre e cobalto, é projetada para quadruplicar até 2040, impulsionada pela transição energética e pela crescente adoção de veículos elétricos e energias renováveis.

A estratégia americana busca não apenas garantir o acesso a esses materiais, mas também desenvolver a capacidade de processamento doméstico, reduzindo gargalos e aumentando a resiliência da cadeia de suprimentos. A DFC, criada no final do primeiro mandato de Trump, já apoiou diversos projetos de mineração, incluindo empréstimos para a produção de grafite em Moçambique e modernizações ferroviárias na África. A parceria com a Orion pode se tornar o maior compromisso da agência até o momento.

Fontes

  • Dolarhoy.com

  • Bloomberg Línea

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