A União Europeia informou sobre melhorias modestas no acesso ao auxílio humanitário em Gaza em 7 de agosto de 2025, após um acordo com Israel. Entre 29 de julho e 4 de agosto de 2025, 463 caminhões foram descarregados nos pontos de passagem para Gaza, indicando um aumento na entrega de ajuda. No entanto, obstáculos significativos continuam a minar as operações humanitárias, com a UE destacando a falta de um ambiente seguro para a distribuição em larga escala.
Em resposta à crescente pressão internacional e à crise humanitária em curso, Israel anunciou planos para permitir a entrada gradual de bens em Gaza através de comerciantes locais. Este mecanismo, aprovado pelo gabinete israelense, visa aumentar o volume de ajuda e reduzir a dependência de organizações da ONU e internacionais. Os bens aprovados incluem produtos alimentares básicos, fórmulas infantis, frutas, vegetais e produtos de higiene. Os pagamentos serão realizados exclusivamente por transferências bancárias, sob um mecanismo de monitoramento e fiscalização, e todos os itens passarão por inspeção antes de entrar na Faixa de Gaza. Este plano representa uma mudança significativa, pois permite a entrada de mercadorias pelo setor privado pela primeira vez em quase um ano, com a expectativa de que o número diário de caminhões de ajuda aumente de 200 para 300. Apesar desses avanços, a UE continua a monitorar a situação, enfatizando a necessidade de um ambiente seguro para a distribuição eficaz da ajuda. Relatos indicam que, embora haja progresso em áreas como entrega de combustível e reabertura de rotas, fatores obstrutivos significativos persistem. Organizações de ajuda e agências da ONU têm repetidamente acusado Israel de criar condições difíceis para o alívio eficaz, com ataques militares contínuos e restrições de movimento tornando a distribuição em larga escala quase inviável. A situação humanitária em Gaza permanece extremamente grave, com mais de meio milhão de crianças em risco de desnutrição aguda e uma parte significativa da população enfrentando fome. A necessidade de garantir a segurança, a eficiência e a imparcialidade na distribuição de ajuda é primordial. A transição para um modelo que envolva comerciantes locais, embora promissora para aumentar o volume de suprimentos, requer uma implementação cuidadosa para garantir que a ajuda chegue a todos os necessitados sem interrupções ou desvios. A comunidade internacional continua a observar de perto esses desenvolvimentos, buscando um alívio sustentável e eficaz para a população civil em Gaza.