NATO e UE Avançam com Iniciativas de 'Muralha de Drones' no Flanco Oriental para Combater Incursões Russas

Editado por: Татьяна Гуринович

A NATO e os estados-membros da União Europeia (UE) estão a impulsionar planos para estabelecer uma "muralha de drones" ao longo do flanco oriental da aliança. Esta iniciativa estratégica visa reforçar a vigilância e as capacidades de defesa contra ameaças aéreas, integrando redes de sensores alimentadas por inteligência artificial (IA), sistemas de bloqueio e interceptores. A proposta ganhou urgência após a violação do espaço aéreo polaco por drones russos em setembro, um incidente que expôs lacunas nas defesas europeias e da NATO contra drones de baixo custo, em contraste com sistemas mais caros como AWACS e jatos F-35.

A iniciativa, impulsionada por vários países, incluindo a Estónia com a sua proposta de "Muralha de Drones Báltica", visa criar uma rede colaborativa de sensores, bloqueadores e interceptores de drones com o objetivo de dissuasão num prazo de um ano, dependendo do financiamento europeu. A Alemanha, através de figuras como o especialista em política externa Norbert Röttgen, também defende uma "muralha de drones" ao longo de toda a fronteira oriental da NATO. O Comissário da UE para a Defesa e o Espaço, Andrius Kubilius, tem sido um defensor vocal desta iniciativa, planeando convocar uma reunião com chefes de defesa da Europa Oriental e um representante da Ucrânia. A Ucrânia é considerada uma co-criadora fundamental do "Escudo de Defesa Oriental", dada a sua vasta experiência em guerra de drones.

A UE está a explorar mecanismos de financiamento, com a possibilidade de empréstimos da "Ação de Segurança para a Europa" no valor de quase 100 mil milhões de euros, provenientes de um total de 150 mil milhões de euros do orçamento conjunto da UE, que poderiam apoiar a iniciativa da "muralha de drones". Embora os detalhes sobre os custos e os prazos de implementação ainda estejam a ser definidos, os analistas sugerem que a construção de um sistema tão abrangente pode levar de um a três anos. A "muralha de drones" é concebida como um sistema multicamadas, combinando sensores, sistemas de guerra eletrónica e armas para detetar e neutralizar veículos aéreos não tripulados (VANTs) hostis.

A iniciativa "Eastern Sentry" da NATO, que visa reforçar a postura de defesa ao longo do flanco oriental, complementa estes esforços, integrando novas tecnologias e melhorando o intercâmbio de informações entre os aliados. A colaboração entre a Estónia, Polónia, Finlândia, Letónia e Lituânia, com a participação potencial de outros países, visa criar uma capacidade europeia integrada e resiliente. A experiência de combate da Ucrânia é considerada inestimável para o desenvolvimento de sistemas de defesa de drones mais eficazes e economicamente viáveis. Esta iniciativa representa um passo proativo para garantir a segurança do flanco oriental da Europa face a um cenário de segurança em constante evolução e à crescente importância dos drones no conflito moderno.

Fontes

  • Agencia Informativa Latinamericana Prensa Latina

  • Germany called for the creation of a 'drone wall' on the eastern flank of NATO

  • Estonia proposes Baltic Drone Wall to protect NATO’s eastern flank

  • The EU is considering a 'drone wall' on NATO's eastern border

Encontrou um erro ou imprecisão?

Vamos considerar seus comentários assim que possível.