Sushila Karki foi nomeada Primeira-Ministra do Nepal em 12 de setembro de 2025, marcando um momento histórico como a primeira mulher a chefiar o governo no país. Esta nomeação ocorre após um período de intensos protestos liderados pela "Geração Z", que exigiam reformas e um governo livre de corrupção. Os protestos resultaram em mais de 51 mortes e levaram à renúncia do ex-Primeiro-Ministro K.P. Sharma Oli.
A trajetória de Karki é notável por sua carreira no judiciário, tendo servido como a primeira mulher Chefe de Justiça do Nepal entre julho de 2016 e junho de 2017. Sua reputação é marcada por uma política de tolerância zero à corrupção. Sua formação acadêmica inclui um mestrado em Ciência Política pela Banaras Hindu University e um bacharelado em Direito pela Tribhuvan University.
Em resposta à crise, o Presidente Ram Chandra Paudel dissolveu o parlamento e convocou novas eleições, agendadas para 5 de março de 2026. O grupo juvenil nepalês "Gen-G" expressou esperança de que a nomeação de Karki estabeleça um sistema livre de corrupção. A comunidade internacional também reagiu positivamente, com a Índia e agências da ONU saudando a nomeação como um passo em direção à estabilidade e ao desenvolvimento sustentável.
A formação de um novo gabinete está em andamento, com a expectativa de que a liderança de Karki traga um retorno gradual à normalidade, com a reabertura de mercados e a retomada dos serviços de transporte. As eleições de março de 2026 serão um indicador crucial do sucesso da nova liderança em atender às aspirações do povo nepalês por estabilidade política e um governo responsável. A jornada de Sushila Karki representa um capítulo transformador na história política do Nepal.