Em 12 de setembro de 2025, o destróier USS Higgins dos Estados Unidos e a fragata HMS Richmond do Reino Unido realizaram uma passagem pelo Estreito de Taiwan. A manobra provocou uma resposta imediata da Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA) da China, que condenou a ação como uma "provocação" que "prejudica a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan". Em resposta, forças navais e aéreas chinesas foram mobilizadas para monitorar e advertir as embarcações estrangeiras. O Ministério da Defesa britânico afirmou que a passagem foi uma ação de rotina, em conformidade com o direito internacional e os direitos de liberdade de navegação.
Paralelamente a esses eventos, o mais novo porta-aviões chinês, o Fujian, conduziu testes de navegação na mesma via marítima. Este navio, o terceiro porta-aviões da China e o primeiro da classe Tipo 003, é equipado com um sistema de lançamento eletromagnético de aeronaves (EMALS), uma tecnologia avançada que o coloca em par com os porta-aviões mais modernos do mundo. Com capacidade para mais de 60 aeronaves, incluindo caças stealth como o J-35 e drones de combate, o Fujian representa um salto significativo nas capacidades de projeção de poder da China.
A passagem de navios ocidentais pelo Estreito de Taiwan é uma prática recorrente, vista como uma demonstração de liberdade de navegação e um contraponto às reivindicações territoriais chinesas sobre a via marítima. A China considera o estreito como suas águas territoriais, enquanto Taiwan e a comunidade internacional o veem como um corredor internacional. A recente passagem de navios canadenses e australianos, na semana anterior, também gerou reações semelhantes por parte de Pequim.
Analistas regionais observam com atenção esses desenvolvimentos, considerando o Estreito de Taiwan uma área de importância estratégica vital. A capacidade do Fujian de operar aeronaves de alerta antecipado a longas distâncias, estendendo sua "zona de defesa" em mais de 600 km, adiciona uma camada de complexidade à dinâmica de segurança regional. A China tem intensificado sua pressão militar sobre Taiwan nos últimos anos, e a entrada em serviço do Fujian marca o início de uma nova era naval para o país, com a capacidade de manter três grupos de porta-aviões operacionais, aumentando a flexibilidade de sua projeção de força no Pacífico Ocidental.
A Marinha dos EUA não comentou o incidente imediatamente. O Comando do Teatro Oriental do PLA, através de seu porta-voz, classificou a ação como "trouble-making and provocation" (causadora de problemas e provocação), afirmando que as ações dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha enviam os sinais errados e minam a paz e a estabilidade em todo o Estreito de Taiwan. O Comando do Indo-Pacífico dos EUA descreveu a missão como uma passagem de rotina, afirmando que os navios transitaram por um corredor no estreito que está além do mar territorial de qualquer estado costeiro e que os direitos e liberdades de navegação no Estreito de Taiwan não devem ser limitados.
O porta-aviões Fujian, que está em fase de testes de mar, realizou sua nona rodada de testes, sugerindo que sua entrada em serviço está próxima. A sua capacidade de operar aeronaves de alerta antecipado a longas distâncias, estendendo a sua "zona de defesa" em mais de 600 km, adiciona uma camada de complexidade à dinâmica de segurança regional. A China tem intensificado a sua pressão militar sobre Taiwan nos últimos anos, e a entrada em serviço do Fujian marca o início de uma nova era naval para o país, com a capacidade de manter três grupos de porta-aviões operacionais, aumentando a flexibilidade da sua projeção de força no Pacífico Ocidental.