O Mar da China Meridional registou um aumento de tensões com incidentes distintos envolvendo a China e os Estados Unidos, além de uma colisão entre embarcações chinesas. Em 13 de agosto de 2025, o Comando do Teatro Sul da China anunciou ter monitorizado e "expulsado" o destróier USS Higgins da Marinha dos EUA de águas próximas ao disputado Banco de Scarborough, alegando que o navio americano entrou na área sem aprovação chinesa. O Comando do Indo-Pacífico dos EUA e a embaixada americana em Pequim não comentaram imediatamente o ocorrido.
No dia anterior, 12 de agosto de 2025, as Filipinas relataram que um navio da Marinha chinesa colidiu com uma embarcação da própria guarda costeira chinesa enquanto tentavam afastar navios filipinos e pescadores do Banco de Scarborough. Vídeos divulgados pela guarda costeira filipina mostram a colisão, que resultou em danos visíveis às embarcações chinesas. As Filipinas ofereceram assistência médica, mas não obtiveram resposta. O Ministério das Relações Exteriores das Filipinas expressou preocupação com as "manobras perigosas e interferência ilegal" chinesas, reafirmando a necessidade de respeito ao direito marítimo internacional. A China reivindica quase todo o Mar da China Meridional, por onde passa cerca de um terço do comércio marítimo global, avaliado em mais de 3,36 trilhões de dólares anualmente. O Banco de Scarborough tem sido um ponto focal de atrito desde que a China assumiu o controle do acesso em 2012, apesar de uma decisão arbitral internacional de 2016 que declarou a sua "linha das nove barras" sem base legal.
As operações de "liberdade de navegação" dos Estados Unidos na região desafiam as restrições impostas pela China. Estes eventos sublinham a persistência das disputas territoriais e o aumento das tensões marítimas numa área de importância estratégica e rica em recursos, levantando questões sobre a potencial escalada e a necessidade de diálogo e adesão às leis internacionais para garantir a paz e a estabilidade.