Os Estados Unidos intensificaram a pressão financeira sobre o movimento Houthi do Iêmen, anunciando novas sanções contra 32 indivíduos e entidades, além de quatro embarcações. O Departamento do Tesouro dos EUA declarou que o objetivo é desmantelar as operações de arrecadação de fundos, contrabando e ataque dos Houthis, com um foco particular em empresas sediadas na China que facilitam o transporte de componentes militares. Esta medida surge em um contexto de acentuada escalada das tensões regionais.
Em 7 de setembro de 2025, um drone Houthi atingiu o Aeroporto Ramon de Israel, causando danos limitados e interrompendo brevemente as operações. Os Houthis reivindicaram a ação como uma "operação militar única e qualitativa". Em resposta, Israel lançou ataques aéreos contra posições Houthi no Iêmen em 10 de setembro de 2025, visando acampamentos militares, uma instalação de armazenamento de combustível e complexos governamentais. Autoridades Houthi relataram que os ataques israelenses resultaram em pelo menos 35 mortos e mais de 130 feridos, enquanto as Forças de Defesa de Israel afirmaram que os alvos eram instalações militares.
Adicionalmente, em 10 de setembro de 2025, o Ministério das Relações Exteriores da Jordânia anunciou a libertação de Lana Shukri Kataw, vice-representante do UNICEF no Iêmen, que havia sido detida pelos Houthis no final de agosto, juntamente com outros 19 funcionários da ONU. A detenção de pessoal da ONU faz parte de uma repressão mais ampla do movimento Houthi contra organizações internacionais que operam em áreas controladas por rebeldes.
Os Houthis afirmam que suas ações no Mar Vermelho são em solidariedade aos palestinos, em meio ao conflito em Gaza. Desde o final de 2023, essa campanha resultou em centenas de ataques de drones e mísseis contra embarcações no Mar Vermelho, impactando a segurança marítima global e as rotas comerciais. Os EUA e seus aliados responderam com ações militares e sanções para degradar as capacidades dos Houthis. A eficácia das sanções americanas contra o movimento Houthi tem sido debatida, com algumas análises sugerindo que o grupo permaneceu em grande parte isolado de seus efeitos, embora as sanções tenham criado barreiras para bancos comerciais e empresas iemenitas.
As implicações geopolíticas da crise no Mar Vermelho são significativas, afetando cadeias de suprimentos globais, preços de energia e estabilidade regional, com o papel do Irã no apoio aos Houthis sendo uma preocupação chave para os Estados Unidos e seus aliados. O ciclo crescente de ataques e retaliações evidencia a precariedade do cenário de segurança regional.