O partido pró-europeu "Ação e Solidariedade" (PAS) assegurou uma maioria parlamentar nas eleições legislativas de 28 de setembro de 2025, consolidando a sua capacidade de governar. A votação registou uma participação de 52,1% dos eleitores e foi marcada por alegações de tentativas de fraude eleitoral e interferência externa. O PAS obteve 50,15% dos votos, garantindo pelo menos 54 das 101 cadeiras no parlamento. O bloco rival "Vitória", de orientação pró-russa, ficou em segundo lugar com 24,19% dos votos.
O processo eleitoral foi permeado por advertências do governo moldavo sobre tentativas de desestabilização, incluindo ataques cibernéticos e a disseminação de notícias falsas. O presidente do PAS, Igor Grosu, e a Presidente Maia Sandu denunciaram tentativas em larga escala da Rússia de influenciar o processo eleitoral e interferir nos assuntos da Moldávia, acusações que a Federação Russa tem consistentemente negado. A participação da diáspora moldava no exterior foi significativa, com cerca de 264.000 votos registrados, um grupo que historicamente tende a apoiar a integração europeia.
A Moldávia, que obteve o status de país candidato à União Europeia em 2022 e iniciou negociações de adesão em junho de 2024, tem como meta a adesão até 2030. A Presidente Sandu reforçou essa visão, afirmando que o futuro do país está na UE. A eleição foi considerada um divisor de águas, com a Moldávia em uma encruzilhada entre a integração europeia e um retorno à esfera de influência de Moscou. A Comissão Eleitoral da Moldávia também barrou dois partidos pró-Rússia por alegações de financiamento ilegal.
A consolidação da maioria parlamentar pelo PAS permitirá a continuidade das reformas e a busca pela adesão à União Europeia. A Moldávia tem sido apoiada pela UE com um plano de crescimento de €1,9 bilhão para apoiar o país. Apesar dos desafios, como a necessidade de combater a corrupção, a Moldávia demonstra progresso em sua integração europeia, com o objetivo de adesão até 2030 considerado ambicioso, mas realista com a manutenção do ímpeto reformista e o apoio contínuo da UE.