Robô Olympus da ESA Demonstra Capacidade de Salto em Microgravidade para Exploração Planetária

Em julho de 2025, a Agência Espacial Europeia (ESA) apresentou o robô quadrúpede Olympus, uma inovação projetada para a exploração de terrenos planetários. Desenvolvido por Jørgen Anker Olsen, pesquisador de doutorado da Norwegian University of Science and Technology, o robô demonstrou suas capacidades no Orbital Robotics Interactive Test (ORBIT) facility da ESA, nos Países Baixos. O Olympus foi concebido para superar os desafios da exploração em ambientes de baixa gravidade, como os de Marte e da Lua, com uma arquitetura única de membros duplos articulados e patas adaptáveis que lhe confere mobilidade superior e a capacidade de transpor obstáculos, permitindo o acesso a locais científicos antes inacessíveis.

Durante um teste no ORBIT facility, o robô foi posicionado de cabeça para baixo em uma plataforma flutuante, simulando condições de microgravidade. A partir dessa posição, o Olympus executou saltos precisos entre paredes, demonstrando sua habilidade de se reorientar no ar e pousar com estabilidade. O ORBIT facility, parte do Orbital Robotic Laboratory (ORL) da ESA no European Space Research and Technology Centre (ESTEC), utiliza um piso ultraplano e plataformas flutuantes para replicar a baixa gravidade. Para o controle de suas manobras em voo, o Olympus emprega aprendizado por reforço, uma técnica de aprendizado de máquina baseada em tentativa e erro, que permite ao robô ajustar sua orientação autonomamente durante os saltos. Essa capacidade de aprendizado autônomo é crucial para missões de exploração de longa duração, abrindo novas fronteiras para a exploração autônoma em mundos distantes.

A capacidade de salto do Olympus representa um avanço significativo para robôs com pernas na exploração planetária, com potencial para acessar características subterrâneas como os tubos de lava marcianos, que apresentam riscos elevados para drones. Pesquisas indicam que robôs com pernas são mais eficazes em terrenos acidentados do que veículos com rodas. O trabalho de Olsen na Norwegian University of Science and Technology, que também explorou o uso de robôs com pernas para a exploração de tubos de lava marcianos, destaca o potencial transformador dessa tecnologia.