Jonathan Anderson apresentou sua primeira coleção de prêt-à-porter feminino para a Dior durante a Semana de Moda de Paris em 1º de outubro de 2025, marcando o início de um novo capítulo para a icônica casa de moda. O desfile, realizado nos Jardins das Tulherias, reinterpretou peças-chave do legado da Dior, como o tailleur Bar e o vestido New Look, infundindo uma visão contemporânea através de silhuetas inovadoras e materiais inesperados. A apresentação começou com um vídeo instigante de Adam Curtis, que entrelaçou imagens de arquivo com referências modernas, enfatizando o diálogo entre o passado e o futuro. A coleção explorou uma fusão de tradição e modernidade, com o icônico tailleur Bar revisitado em proporções encurtadas e saias plissadas em miniatura, enquanto outras jaquetas Bar apresentavam um corte que se abria na frente, como um laço. Saias em miniatura em denim e couro, juntamente com vestidos com silhuetas de ampulheta e detalhes de laço, demonstraram a habilidade de Anderson em subverter o formalwear com um toque moderno.
Acessórios notáveis incluíram chapéus inspirados em Galliano e uma nova bolsa triangular chamada "Cigale", que já sinaliza um potencial item de desejo. O evento atraiu uma plateia de celebridades de destaque, incluindo Bernard Arnault, Brigitte Macron, Charlize Theron e Johnny Depp, além de designers como Rick Owens e Alessandro Michele. A coleção de Anderson para a Dior representa uma evolução ousada, equilibrando o respeito pela rica história da casa com uma perspectiva de design voltada para o futuro.
A bolsa "Cigale", em particular, foi destacada como um acessório promissor, oferecendo uma alternativa moderna a bolsas icônicas como a Lady Dior. A reinterpretação do tailleur Bar, um marco de 1947, exemplifica a abordagem de Anderson, que descontrói a silhueta clássica com volume na parte traseira e a combina com minissaias em couro e denim, conferindo um toque moderno e andrógino. Essa fusão de alta costura com elementos do dia a dia, como denim, reflete a visão de Anderson de vestir a mulher contemporânea para o mundo real, distanciando-se de uma estética potencialmente "adocicada" da marca.
A coleção, que também apresentou vestidos com saias em camadas e detalhes de laço, demonstrou uma tensão entre fantasia e realidade, com Anderson descrevendo seu trabalho como uma forma de "vestir-se como um personagem no palco que é a vida". A influência de Adam Curtis, conhecido por seus documentários sobre ideologias e poder, adicionou uma camada conceitual à apresentação, misturando imagens de arquivo da Dior com referências culturais e cinematográficas, criando uma atmosfera que oscilava entre o sonho e o suspense. A cenografia, com uma pirâmide invertida, evocou o Museu do Louvre, adicionando uma dimensão artística à experiência. A nova bolsa "Cigale" da Dior, feita em jacquard Dior Oblique azul com uma alça de couro de bezerro e ferragens CD de ouro envelhecido, representa um exemplo da capacidade de Anderson de criar acessórios desejáveis. ela é prática o suficiente para carregar itens essenciais como um porta-cartões e um telefone. A inclusão desta bolsa na coleção sinaliza uma estratégia para introduzir um novo item de destaque,