A Paris Fashion Week, um evento central no calendário da moda mundial, abre suas portas de 29 de setembro a 7 de outubro de 2025, para apresentar as coleções Primavera/Verão 2026. Mais de 110 casas de moda renomadas e talentos emergentes reunirão na capital francesa para ditar as tendências que moldarão a próxima estação. Esta edição promete ser um marco, com a introdução de novas narrativas de design e a estreia de diversos diretores criativos em casas de moda icônicas. Jonathan Anderson assume a direção criativa da Dior, enquanto Matthieu Blazy estreia na Chanel. A temporada de desfiles, que segue apresentações em Nova York, Londres e Milão, contará com mais de 76 desfiles e 36 apresentações, totalizando 111 marcas.
A indústria da moda, especialmente o setor de luxo, navega por um cenário econômico desafiador. O crescimento projetado para o setor de luxo nos próximos anos é mais moderado, estimado entre 1% e 3% anualmente, o que exige das marcas uma diferenciação clara e adaptação contínua às novas demandas. O mercado global de bens de luxo pessoal deve atingir cerca de US$ 440 bilhões até 2026, com um crescimento anual composto (CAGR) de 4.8% desde 2020. A necessidade de ajustes estratégicos e inovações para estimular o crescimento é, portanto, premente.
A tecnologia emerge como uma força motriz significativa. A inteligência artificial (IA) está otimizando desde o desenvolvimento de produtos até a gestão da cadeia de suprimentos e a personalização da experiência do cliente. A IA é utilizada para análise de tendências, design generativo e experiências de prova virtual, visando agilizar prazos e reduzir custos. A adoção de IA na indústria da moda é uma prioridade para muitas empresas em 2024, com 73% dos executivos indicando seu foco em IA generativa.
A sustentabilidade também ganha destaque, com o desenvolvimento de tecidos inovadores e práticas de design circular buscando minimizar o impacto ambiental. A crescente demanda por transparência na cadeia de suprimentos, impulsionada por tecnologias como blockchain, reflete um compromisso com a responsabilidade ambiental e social. A indústria da moda é a segunda maior causa de poluição no mundo, o que torna as práticas sustentáveis não apenas uma tendência, mas uma necessidade.
A capacidade de inovar e se adaptar a um clima econômico menos favorável, ao mesmo tempo em que se mantém a exclusividade e a qualidade que definem o luxo, será crucial para o sucesso contínuo das marcas neste cenário dinâmico. A expectativa é que as apresentações desta temporada estabeleçam novos patamares estéticos e de tendências, com um foco crescente em adaptação e originalidade para definir o futuro da paisagem da moda.