O Complexo Vulcânico Planchón-Peteroa, situado na fronteira entre o Chile e a Argentina, manifesta um aumento significativo em sua atividade interna, exigindo vigilância reforçada das autoridades e das comunidades adjacentes.
Dados recentes de monitoramento, fornecidos pelo Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin), apontam para um padrão sísmico consideravelmente elevado, com registro de mais de 300 eventos diários. Esta frequência sísmica acentuada ocorre em um contexto posterior a uma erupção registrada em 6 de outubro de 2025. Naquela ocasião, o evento liberou uma coluna de gás e piroclastos que atingiu um quilômetro de altitude, e a emissão de dióxido de enxofre durante os 84 minutos de duração foi quantificada em 151 toneladas.
Em resposta à agitação contínua, as autoridades chilenas mantiveram o nível de alerta técnico em amarelo para todo o complexo. Esta classificação técnica, indicativa de estado de vigilância, motivou a emissão de um Alerta Antecipado Preventivo para comunas próximas, como Curicó e Teno. A medida visa promover uma postura proativa de preparação entre as populações residentes na área de influência da montanha.
Para garantir a segurança da população, foi estabelecida uma zona de exclusão de quatro quilômetros ao redor da cratera principal. Esta restrição visa criar uma margem de segurança para a observação dos processos naturais do vulcão. O Planchón-Peteroa integra o Cinturão de Fogo do Pacífico, inserindo-se em um contexto de flutuações esperadas para esta zona de subducção, onde a placa de Nazca mergulha sob a placa Sul-Americana.
Historicamente, estudos vulcanológicos indicam que o complexo alterna períodos de quiescência com fases de atividade moderada, sendo o evento de 2025 um marco recente neste ciclo geológico. A vigilância constante, conduzida por órgãos como o Centro Vulcanológico Andino, permanece crucial para a interpretação dos sinais que podem anteceder mudanças mais expressivas na dinâmica do maciço.
