O cenário no Caribe, em 26 de outubro de 2025, é dominado pela força implacável do Furacão Melissa, que se intensificou rapidamente para a Categoria 4, representando uma ameaça iminente para nações como Jamaica e o leste de Cuba. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) confirmou que os ventos sustentados atingiram a marca de 225 km/h, com algumas fontes indicando ventos de 220 km/h, e há projeções de que a tempestade pode se tornar um furacão de grande intensidade. Esta escalada coloca a região em alerta máximo, exigindo uma coordenação de esforços sem precedentes.
A característica mais perigosa de Melissa é sua cadência lenta, movendo-se a aproximadamente 8 km/h (ou 3 mph), o que amplifica o risco de precipitação extrema. As projeções de chuva são severas, com estimativas de até 30 polegadas (cerca de 76 cm) e totais localizados que podem chegar a 40 polegadas (mais de 100 cm), um volume capaz de provocar inundações catastróficas e deslizamentos de terra. As águas excepcionalmente quentes do Mar do Caribe, com temperaturas acima de 29°C, continuam a alimentar essa intensificação explosiva, um fenômeno que o NHC monitora como indicativo de um dos sistemas mais poderosos já registrados na bacia atlântica.
O impacto humano já é sentido nas ilhas mais a leste. No Haiti, as chuvas associadas ao fenômeno já resultaram na confirmação de três mortes, enquanto a República Dominicana registrou uma fatalidade, uma vítima de 79 anos, e o desaparecimento de um adolescente de 13 anos. No Haiti, a Península de Tiburon enfrentou até 89 centímetros de chuva, sobrecarregando a infraestrutura já frágil. Na República Dominicana, nove das 31 províncias permaneceram em alerta vermelho devido ao risco de inundações e deslizamentos de terra, levando à ativação de cinco abrigos.
A Jamaica, foco central da trajetória prevista, está em estado de preparação máxima. O governo implementou o fechamento antecipado de repartições públicas e a Jamaica Public Service mobilizou recursos para reforçar o sistema elétrico contra interrupções em larga escala. O setor de turismo, vital para a economia, sofreu uma paralisação, com o fechamento de aeroportos em Kingston, Haiti e leste de Cuba, gerando cancelamentos em massa. Para Cuba, as províncias orientais, como Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo e Holguín, estão sob alerta de furacão, esperando chuvas intensas e potencial ressaca marítima.
Melissa é a 13ª tempestade nomeada da temporada de furacões de 2025, e sua aproximação exige que comunidades e indivíduos reavaliem rigorosamente suas preparações. Com a previsão de ventos que podem superar 260 km/h na Jamaica e a ameaça de inundações repentinas e deslizamentos "potencialmente fatais" em toda a região, a resposta coletiva e a consciência da interdependência são cruciais para a resiliência diante da magnitude do evento.
