Zealandia, também conhecido pelo nome Māori Te Riu-a-Māui, é um vasto fragmento continental submerso no Oceano Pacífico Sul. Este continente, que se acredita ter feito parte do supercontinente Gondwana por aproximadamente 500 milhões de anos, passou por um mapeamento abrangente concluído em 2023, detalhando suas 1,9 milhão de milhas quadradas. O esforço científico promete desvendar as complexidades geológicas e a história evolutiva desta região oculta.
A separação de Zealandia de Gondwana ocorreu entre 85 e 60 milhões de anos atrás, transformando-a em um continente independente. O ponto de maior submersão de Zealandia foi há cerca de 25 milhões de anos, com movimentos tectônicos subsequentes moldando as ilhas atuais da Nova Zelândia. Atualmente, 95% de Zealandia permanece submerso, tornando a Nova Zelândia e a Nova Caledônia as suas partes mais visíveis. O mapeamento em andamento de Zealandia abriu novas avenidas para a exploração da história geológica e dos processos tectônicos da região. Um estudo de 2021 sugere que Zealandia tem mais de um bilhão de anos, o dobro da idade estimada anteriormente pelos geólogos. A separação de Zealandia de Gondwana foi parcialmente impulsionada por uma vasta região vulcânica contendo rochas de lava magnética, que se estendia ao longo da fronteira entre as duas massas de terra. A análise de amostras de rochas do fundo marinho revelou descobertas significativas, incluindo a extensão da espinha dorsal antiga de Zealandia e uma região vulcânica colossal do tamanho da Nova Zelândia. Acredita-se que a separação de Zealandia da Austrália e da Antártica tenha ocorrido através da expansão do fundo marinho dos mares de Coral e da Tasmânia, cessando há cerca de 52 milhões de anos. O mapeamento completo de Zealandia representa um avanço crucial na geologia, proporcionando oportunidades inéditas para o estudo do nosso planeta.