O profundo afeto que nutrimos pelos gatos é uma conexão que remonta a mais de 9.500 anos, um período em que estes felinos começaram a sua jornada de domesticação ao aproximarem-se das sociedades agrícolas para controlar pragas em armazéns de grãos.
Originalmente utilitários controladores de roedores, os gatos evoluíram para companheiros estimados, oferecendo benefícios psicológicos significativos. A interação com gatos demonstrou ser uma ferramenta eficaz na redução do stress, melhorando o bem-estar emocional e até fortalecendo o sistema imunitário. Estudos indicam que o simples ato de acariciar um gato pode diminuir os níveis de cortisol, a hormona do stress, e aumentar a libertação de neurotransmissores associados ao bem-estar, como a dopamina e a serotonina.
Uma investigação realizada por psicólogos da NIU HSE revelou uma correlação intrigante entre o apego a animais de estimação e as atitudes em relação à natureza e a outras pessoas. A pesquisa sugere que quanto maior a alegria obtida da interação com um animal de estimação, maior o desejo de ajudar os outros. No entanto, este amor pelos animais não se traduz automaticamente numa maior preocupação com o meio ambiente, indicando uma relação complexa entre o apego a animais de estimação e comportamentos pró-sociais.
A história da relação entre humanos e gatos começou no Crescente Fértil, há cerca de 12.000 anos, com a agricultura a florescer. Esta necessidade mútua permitiu que os gatos se espalhassem pelo mundo, acompanhando os humanos em viagens e tornando-se parte integrante das suas vidas e culturas. Desde serem reverenciados no Antigo Egito como divindades protetoras até servirem como eficientes caçadores de roedores em navios e postos de correio, a presença felina está intrinsecamente ligada à história da humanidade, associada a benefícios psicológicos como a diminuição da ansiedade e o aumento da sensação de propósito.