Seke, Idioma Raro do Nepal, Luta Contra a Extinção em um Bairro de Nova York

Editado por: Vera Mo

Nova York, a metrópole conhecida pela sua diversidade inigualável, abriga um mosaico linguístico com mais de 700 idiomas. Entre estas vozes, o idioma Seke, originário do norte do Nepal, destaca-se como um dos mais frágeis, enfrentando um risco iminente de desaparecimento. A preservação desta língua ancestral é vista como um reflexo da interconexão global, onde a perda de um idioma implica o apagamento de uma forma única de perceber e estruturar o mundo.

Estima-se que o Seke seja falado por cerca de 700 indivíduos globalmente. No contexto urbano de Nova York, a comunidade de falantes se restringe a aproximadamente cem pessoas. Estes falantes estão notavelmente concentrados no bairro de Flatbush, no Brooklyn. De forma significativa, cerca de cinquenta desses guardiões da língua residem no mesmo edifício, criando um núcleo vital onde o Seke ainda é utilizado no dia a dia. Contudo, essa alta concentração geográfica, embora crucial para a sobrevivência imediata, também acentua a vulnerabilidade da língua a qualquer alteração no seu pequeno ecossistema.

Desde a sua fundação em 2010, a Endangered Language Alliance (ELA) tem atuado como um ponto de apoio para línguas minoritárias e indígenas, tanto dentro da cidade quanto em outras regiões. A ELA não se limita à documentação; a organização funciona como catalisadora da continuidade cultural, colaborando com falantes de mais de cem idiomas distintos, incluindo o Seke. Em 2025, o trabalho da ELA continua a mapear a complexa tapeçaria linguística da cidade, tendo identificado mais de 700 variedades linguísticas em mais de 1.200 locais chave.

Os projetos da ELA visam celebrar a polifonia nova-iorquina através de mapas interativos e impressos, mas o seu impacto se estende à capacitação. A organização oferece programas educativos, como seminários e oficinas, que visam aumentar a conscientização sobre a urgência da preservação e equipar os próprios falantes com técnicas de documentação e revitalização. A manutenção do Seke vivo transcende o interesse antropológico, pois resguarda um repositório de saberes ancestrais e visões de mundo. A luta contra a extinção linguística em 2025 afirma o valor intrínseco de cada expressão cultural, garantindo que a tapeçaria legada às futuras gerações mantenha uma trama forte e diversificada.

Fontes

  • nationalgeographic.pt

  • Endangered Language Alliance

  • NYC Map - Endangered Language Alliance

  • There's New Hope For Endangered Languages In NYC

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