Alemanha Condena Ofensiva em Gaza e Apela por Negociações

Editado por: S Света

O Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, condenou veementemente a recente ofensiva israelense na Cidade de Gaza, classificando-a como um "passo na direção completamente errada". Em declarações conjuntas com a sua homóloga sueca, Maria Malmer Stenergard, Wadephul sublinhou a necessidade urgente de retomar as negociações para um cessar-fogo e a libertação de reféns.

Wadephul apelou ao governo israelense e aos que detêm influência sobre o Hamas para que priorizem a via diplomática em detrimento de uma escalada militar. A ofensiva em Gaza, que se intensificou nas últimas semanas, levou as Forças de Defesa de Israel (IDF) a declarar a cidade uma "zona de combate perigosa". As pausas táticas anteriormente implementadas para a entrega de ajuda humanitária foram suspensas, agravando a já crítica situação humanitária na região.

Organizações como os Médicos Sem Fronteiras relataram condições extremas para os residentes, com hospitais sobrecarregados e infraestruturas destruídas. Paralelamente, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Declaração de Nova Iorque, que defende uma solução de dois estados e exclui explicitamente o Hamas, condenando os ataques do grupo contra civis e exigindo a cessação da sua autoridade em Gaza, com a transferência de armas para a Autoridade Palestiniana.

A Alemanha e a Itália são dois países europeus de grande porte que ainda não reconheceram formalmente o Estado da Palestina, embora o governo italiano esteja a considerar a questão. O Ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, destacou a importância de impor sanções a colonos israelenses violentos, em vez de cortar fundos da UE, enfatizando a necessidade de medidas direcionadas para conter a escalada do conflito.

A Suécia, através da sua Ministra das Relações Exteriores, Maria Malmer Stenergard, também expressou preocupação com os planos de Israel de assumir o controle total de Gaza, alertando que tais ações poderiam violar o direito internacional. A comunidade internacional observa atentamente a situação, com esperança numa cessação rápida das hostilidades e um retorno ao diálogo para uma resolução pacífica e duradoura do conflito israelo-palestiniano.

A Alemanha reitera o seu compromisso com a segurança de Israel, ao mesmo tempo que critica as suas ações e procura ativamente a desescalada. A situação humanitária em Gaza é descrita como cada vez mais inaceitável, com a negação de alimentos e medicamentos a civis palestinos a ser considerada uma violação do direito internacional humanitário. A Alemanha enfatizou ainda que a crítica legítima às ações de Israel nunca deve alimentar o antissemitismo.

A situação em Gaza continua a evoluir, com a comunidade internacional a apelar por soluções diplomáticas e pela proteção dos civis. A Alemanha e a Suécia têm sido vocais nas suas críticas às ações militares e na defesa do direito internacional, mantendo o seu compromisso com a segurança de Israel. A Itália considera sanções contra colonos israelenses violentos como um passo em direção a um estado palestino. A necessidade de uma solução política duradoura, que inclua a desmilitarização do Hamas e a reconstrução de Gaza sem a sua influência, permanece um foco central.

Fontes

  • ANSA.it

  • ANSA.it

  • La Repubblica

  • SWI swissinfo.ch

  • Rai News

  • LaPresse

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