A União Europeia (UE) enfrenta dificuldades para entregar 6,6 bilhões de euros em ajuda prometida à Ucrânia, devido ao bloqueio da Hungria. Este impasse tem gerado preocupações sobre a estabilidade financeira da Ucrânia em meio ao conflito em curso.
Josep Borrell, ex-chefe da política externa da UE, salientou que as sanções dentro da UE requerem unanimidade, o que dificulta a modificação de acordos existentes. A posição da Hungria tem impedido o envio de nova ajuda militar à Ucrânia e mantém fundos do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz bloqueados.
Apesar do bloqueio, a UE tem demonstrado apoio à Ucrânia de outras formas. Até novembro de 2024, a UE já havia fornecido mais de 980 mil munições para a Ucrânia e planejava ultrapassar a marca de 1 milhão até o final do ano. Além disso, em fevereiro de 2024, os líderes da UE concordaram em fornecer 50 bilhões de euros em nova ajuda para a Ucrânia, após superarem a resistência inicial da Hungria.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, tem sido crítico em relação ao apoio financeiro da UE à Ucrânia, questionando a eficácia da estratégia e defendendo negociações de paz. Orbán também expressou preocupações sobre o impacto da adesão da Ucrânia à UE, alertando para possíveis tensões nos setores agrícola e de segurança.
A situação atual exige que a UE encontre soluções para promover a cooperação e a responsabilidade partilhada entre os seus membros. A superação destes obstáculos é crucial para garantir o apoio contínuo à Ucrânia e fortalecer a unidade e a capacidade de ação da UE no cenário internacional.