O Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos emitiu uma forte condenação ao plano de Israel para a construção de 3.401 novas unidades habitacionais na área E1, na Cisjordânia. A expansão proposta, localizada entre o assentamento de Ma'ale Adumim e Jerusalém Oriental, foi considerada uma violação do direito internacional e uma ameaça à viabilidade de um Estado palestino. O Ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, aprovou o projeto, declarando que ele "enterraria" a ideia de um Estado palestino. Essa medida segue décadas de planos para a área E1, que foram anteriormente congelados devido à oposição internacional.
A comunidade internacional, incluindo a União Europeia, o Reino Unido e a Alemanha, expressou profunda preocupação, com muitos países reiterando que a expansão de assentamentos viola o direito internacional e os princípios da solução de dois Estados. A Alemanha pediu a Israel que cesse imediatamente a construção de assentamentos, enfatizando que tais ações complicam os esforços de paz. A área E1, que abrange aproximadamente 12 quilômetros quadrados, é atualmente habitada por comunidades beduínas, como as dos Jahalin e Sawahreh, que enfrentam a ameaça de despejo forçado. Estima-se que cerca de 3.700 palestinos vivam na área. A Organização das Nações Unidas alertou que a construção na E1 separaria fisicamente a Cisjordânia norte da sul, prejudicando severamente as chances de um Estado palestino viável e contíguo. A ONU também citou a opinião consultiva da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que confirmou a ilegalidade da expansão de assentamentos. Atualmente, aproximadamente 700.000 colonos israelenses residem na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados por Israel desde 1967. A expansão do plano E1 é vista como um golpe devastador para a possibilidade de um Estado palestino contíguo com Jerusalém Oriental como sua capital, além de restringir a liberdade de movimento dos palestinos.