Protesto Anti-Imigração em Haia Termina em Violência e Confrontos com a Polícia

Um protesto anti-imigração em Haia, Países Baixos, no dia 20 de setembro de 2025, organizado pela ativista de direita Els Rechts, escalou para confrontos violentos com a polícia, bloqueio da rodovia A12 e danos à propriedade. O evento, que reuniu cerca de 1.500 manifestantes, evidenciou as crescentes tensões sobre as políticas de imigração no país, em meio a um cenário de instabilidade política e eleições antecipadas marcadas para 29 de outubro de 2025.

O protesto, que inicialmente defendia políticas de asilo e imigração mais rigorosas, tornou-se violento quando um grupo de manifestantes bloqueou a rodovia A12. As autoridades responderam com gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar a multidão. Relatos indicam que pedras e garrafas foram arremessadas contra os policiais, e um carro de polícia foi incendiado. Adicionalmente, as janelas do escritório do partido D66 foram quebradas, um ato de vandalismo que o líder do partido, Rob Jetten, condenou, classificando os responsáveis como "escória".

Els Rechts, a organizadora do protesto, expressou pesar pelo desenrolar dos acontecimentos, afirmando que não teria organizado o evento se soubesse que levaria a tal violência. Geert Wilders, líder do Partido para a Liberdade (PVV), embora convidado, não compareceu, mas condenou as ações violentas, declarando que "bloquear a rodovia e usar a força contra a polícia é completamente, absolutamente inaceitável". O Primeiro-Ministro interino, Dick Schoof, também se manifestou, descrevendo as imagens como "chocantes e bizarras" e "completamente inaceitáveis", e expressou confiança na atuação das forças de segurança e do Ministério Público para levar os responsáveis à justiça.

O incidente ocorre num contexto político delicado para os Países Baixos. O colapso do governo de coalizão de direita, após a retirada do PVV devido a divergências sobre a política de imigração, levou à convocação de eleições antecipadas para 29 de outubro de 2025. A manifestação em Haia amplifica o debate nacional sobre imigração e a gestão da dissidência pública, refletindo as profundas divisões sociais e políticas que o país enfrenta. A proximidade das eleições sugere que tais eventos podem influenciar o discurso político e a decisão dos eleitores, num momento em que o país busca definir seu rumo futuro em meio a debates acalorados sobre identidade e políticas de fronteira.