Putin: Não há possibilidade de conversações bilaterais com Zelensky, condições não atendidas
Editado por: Tatyana Hurynovich
O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou que as conversações bilaterais com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, não são viáveis no momento, uma vez que as condições necessárias para tal diálogo ainda não foram estabelecidas. Esta afirmação surge num contexto de esforços diplomáticos contínuos para encontrar uma resolução para o conflito em curso.
Putin salientou que, para que tais encontros ocorram, é imperativo que certas precondições sejam criadas, algo que, segundo ele, ainda está longe de ser alcançado. Ele já havia expressado anteriormente, em junho, a sua disponibilidade para se reunir com Zelensky, mas apenas numa "fase final" das negociações destinadas a pôr fim ao conflito que já dura mais de três anos. A situação atual é marcada por tensões significativas e por uma divergência de perspetivas sobre os caminhos para a paz. Em paralelo, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem reiterado a importância de reuniões ao mais alto nível para alcançar soluções concretas e duradouras. Zelensky também sublinhou a necessidade de a Europa participar ativamente nos processos de paz, dada a localização geográfica do conflito e as aspirações da Ucrânia de integrar a União Europeia. Ele expressou otimismo cauteloso, sugerindo que a pressão internacional pode estar a inclinar a Rússia para um cessar-fogo, embora com a ressalva de que é crucial garantir que não haja enganos nos detalhes.
Neste cenário, o ex-Presidente dos EUA, Donald Trump, tem desempenhado um papel ativo na facilitação de potenciais encontros. Trump anunciou anteriormente a possibilidade de reuniões com Putin e Zelensky para discutir a cessação das hostilidades, descrevendo-a como uma "muito boa hipótese". Ele também estabeleceu um prazo para que a Rússia demonstre progresso em direção a um cessar-fogo, ameaçando impor sanções secundárias caso contrário. A ideia de uma cimeira trilateral envolvendo os três líderes tem sido discutida, embora a Rússia tenha indicado que tal encontro exigiria a criação de condições específicas. As complexidades inerentes a estes esforços diplomáticos são acentuadas por hostilidades profundas e pela postura cautelosa de Moscovo. Disputas territoriais de longa data e exigências contrastantes entre a Rússia e a Ucrânia continuam a ser obstáculos significativos para um acordo de paz.
A Organização dos Estados Americanos (OAS), por sua vez, tem adotado declarações condenando a guerra, demonstrando um alinhamento continental em defesa da democracia e do direito internacional, embora o seu papel direto na facilitação destas conversações específicas não seja o foco principal. A menção de Putin a "muitos amigos" que poderiam ajudar a organizar um evento, incluindo o presidente da OAS, sugere uma abertura para mediadores internacionais, particularmente no contexto de uma potencial reunião com Trump. Contudo, a ausência de condições atendidas para um diálogo direto com Zelensky permanece como o principal impedimento declarado por parte da Rússia, num momento em que a busca por uma resolução pacífica continua a ser um objetivo primordial, mas desafiador.
Fontes
Deutsche Welle
Reuters
Financial Times
Deutsche Welle
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