Uma iniciativa humanitária de grande escala, a Frota Global Sumud, composta por dezenas de embarcações civis e participantes de mais de 44 países, tem enfrentado a interceção pela marinha israelita a caminho da Faixa de Gaza, gerando um coro de preocupação internacional.
A frota, que partiu de Barcelona em 30 de agosto de 2025 e de Tunes e Sicília em 7 de setembro de 2025, tem como objetivo desafiar o bloqueio israelita e fornecer assistência humanitária à população de Gaza. A Freedom Flotilla Coalition, organização que coordena missões de ajuda civil desde 2010, está envolvida nesta iniciativa, que representa a maior frota civil já organizada para este fim. As interceções ocorreram em 25 de setembro de 2025, com as forças israelitas a alegarem que operadores da frota se encontraram com figuras ligadas ao Hamas no Norte de África. Os organizadores da frota, no entanto, insistem que a sua missão é estritamente não violenta e humanitária, visando aliviar o sofrimento em Gaza.
O bloqueio imposto por Israel desde 2008 tem tido um impacto devastador na população de Gaza, sendo associado a uma crise humanitária generalizada com restrições significativas na entrada de bens essenciais. De acordo com a ONU, uma em cada cinco crianças na cidade de Gaza sofre de desnutrição, e mais de 100 pessoas, principalmente crianças, terão morrido de fome. Em resposta às interceções, vários ministros dos Negócios Estrangeiros emitiram uma declaração conjunta de preocupação em 16 de setembro de 2025. Entre os signatários estavam os ministros da Turquia, Bangladesh, Brasil, Colômbia, Indonésia, Irlanda, Líbia, Malásia, Maldivas, México, Paquistão, Catar, Omã, Eslovénia, África do Sul, Espanha e Tailândia. Esta declaração sublinha a atenção internacional que a missão tem recebido e a importância atribuída à segurança da frota e ao respeito pelo direito internacional e pelos princípios humanitários.
A Frota Global Sumud é mais uma manifestação dos esforços contínuos da sociedade civil para abordar a situação humanitária em Gaza. A Freedom Flotilla Coalition, formada após um incidente em 2010 em que ativistas foram mortos em águas internacionais, tem coordenado consistentemente missões para quebrar o bloqueio. A situação levanta questões críticas sobre a legitimidade do bloqueio israelita, a legalidade das interceções navais em águas internacionais e a validade das alegações de ligações com o Hamas. A comunidade internacional observa atentamente, com muitos a pedirem o fim do bloqueio e o respeito pelo direito marítimo internacional, que garante a liberdade de navegação.
As interceções ocorreram em 25 de setembro de 2025, com as forças navais israelitas a abordarem a maioria das embarcações da frota em águas internacionais, detendo centenas de ativistas de diversas nacionalidades. Israel alegou que a frota estava a tentar violar um bloqueio naval legal, uma afirmação que os organizadores e críticos contestam, citando o direito internacional e decisões provisórias do Tribunal Internacional de Justiça que ordenam a facilitação do acesso humanitário a Gaza.
Em resposta às interceções, vários países expressaram preocupação e condenaram as ações de Israel. Ministros dos Negócios Estrangeiros de 17 países emitiram uma declaração conjunta em 16 de setembro de 2025, apelando ao respeito pelo direito internacional e à segurança da frota. A Turquia classificou a intervenção de Israel como um "ato de terrorismo", enquanto a Colômbia pediu o fim do acordo de livre comércio com Israel e a expulsão da delegação diplomática israelita. A situação continua a ser observada atentamente pela comunidade internacional, com apelos ao fim do bloqueio de Gaza e ao respeito pelo direito marítimo internacional.
Incidentes recentes, incluindo ataques de drones em maio de 2025 e interceções em águas internacionais em junho e julho de 2025, indicam a tensão contínua na região.