Um drone lançado do Iêmen atingiu o saguão de desembarque do Aeroporto Internacional Ramon, localizado perto de Eilat, no sul de Israel, em 7 de setembro de 2025. O incidente levou a uma interrupção temporária das operações no aeroporto, com a Autoridade Aeroportuária de Israel suspendendo decolagens e pousos. As operações foram posteriormente retomadas após uma avaliação de segurança.
O exército israelense iniciou uma investigação para determinar as circunstâncias exatas do ataque. Duas pessoas, um homem de 63 anos e uma mulher de 52 anos, foram atendidas por ferimentos leves causados por estilhaços.
Os Houthis, movimento rebelde iemenita apoiado pelo Irã, reivindicaram a responsabilidade pelo ataque, afirmando que suas ações são um ato de solidariedade para com os palestinos no contexto do conflito em Gaza. Este ataque representa uma extensão significativa do alcance das hostilidades, demonstrando a capacidade dos Houthis de projetar força em direção ao território israelense.
Em resposta a tais ações, Israel tem realizado ataques aéreos contra regiões controladas pelos Houthis no Iêmen, incluindo o porto estratégico de Hodeidah, visando desmantelar a infraestrutura e a capacidade operacional do grupo. A estratégia israelense tem sido interpretada como uma mudança de foco, visando não apenas alvos militares, mas também a liderança do grupo.
O ataque ao Aeroporto Ramon reflete a interconexão dos conflitos no Oriente Médio. A capacidade dos Houthis de atingir infraestruturas civis em Israel levanta preocupações significativas sobre a segurança aérea e a estabilidade regional. A rápida retomada das operações aeroportuárias, após a avaliação de segurança, aponta para a capacidade de adaptação e a determinação em manter a funcionalidade mesmo diante de desafios externos.
Este incidente reforça a percepção de que as ações em um teatro de operações reverberam por toda a região, moldando o cenário geopolítico. A contínua projeção de força por parte dos Houthis, em solidariedade a outras causas regionais, e as respostas retaliatórias de Israel, criam um ciclo de escalada que tem implicações de longo alcance para a paz e a segurança no Oriente Médio e além.