A China sediará um imponente desfile militar em Pequim no dia 3 de setembro de 2025, marcando o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial. O evento, que celebra a vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa, contará com a presença de líderes internacionais de destaque, incluindo o presidente chinês Xi Jinping, o presidente russo Vladimir Putin e o líder norte-coreano Kim Jong-un. Esta reunião de líderes sinaliza um fortalecimento das relações entre as três nações em um cenário geopolítico complexo.
O desfile, que ocorrerá na Praça Tiananmen, apresentará uma vasta gama de armamentos de última geração desenvolvidos na China. Estima-se que mais de 100 unidades de equipamentos militares, muitos dos quais nunca foram exibidos publicamente, farão sua estreia. Entre os destaques estarão sistemas de combate de quarta geração, como tanques avançados, aeronaves de combate stealth, drones de ataque, mísseis hipersônicos e sistemas de guerra eletrônica e cibernética. A exibição visa demonstrar a crescente capacidade e modernização das forças armadas chinesas, refletindo um aumento de 7,2% no orçamento de defesa para 2025.
A participação de Kim Jong-un na China marca sua primeira visita ao país desde 2019, sublinhando a importância diplomática do evento. A presença de Putin e Kim Jong-un em um desfile militar chinês é interpretada como uma demonstração de alinhamento e uma possível resposta às dinâmicas globais atuais, especialmente em contraste com a ausência de líderes ocidentais. A China, que possui o segundo maior orçamento militar do mundo, busca afirmar sua posição estratégica e capacidade de defesa na região do Indo-Pacífico.
Este evento ocorre em um momento de intensas discussões sobre a cooperação militar entre Rússia, Coreia do Norte e China. Relatórios indicam que a China tem observado com cautela o crescente alinhamento entre Kim Jong-un e Vladimir Putin, especialmente em relação ao apoio da Coreia do Norte à Rússia na guerra da Ucrânia. A parceria entre Pyongyang e Moscou, que inclui o fornecimento de armamentos, tem sido vista como um fator de instabilidade regional e tem gerado preocupações entre os aliados dos EUA, como Japão e Coreia do Sul.
O desfile, com duração prevista de 70 minutos, não apenas comemora um marco histórico, mas também serve como uma plataforma para a China projetar sua força militar e suas ambições geopolíticas. A demonstração de tecnologia avançada, incluindo mísseis hipersônicos e sistemas não tripulados, reforça a imagem de uma China cada vez mais assertiva no cenário internacional. A reunião dos três líderes sugere uma convergência de interesses e uma busca por um novo equilíbrio de poder global, com implicações significativas para a segurança internacional e as relações diplomáticas.