Os Estados Unidos autorizaram a entrega de 3.350 mísseis de Ataque de Longo Alcance (ERAM) à Ucrânia, como parte de um pacote de ajuda militar de 850 milhões de dólares, com financiamento significativo de nações europeias.
No entanto, o Pentágono implementou um processo de revisão que permite ao Secretário de Defesa vetar o uso dessas armas de longo alcance fabricadas nos EUA pela Ucrânia contra alvos na Rússia. Essa medida, que já impediu o uso de mísseis ATACMS em território russo, visa gerenciar potenciais escaladas no conflito.
A decisão de aprovar os mísseis ERAM, com alcance entre 240 e 450 quilômetros, ocorreu após discussões envolvendo o Presidente Donald Trump, o Presidente russo Vladimir Putin e o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy. A expectativa é que os primeiros mísseis cheguem à Ucrânia em aproximadamente seis semanas.
O total de ajuda militar dos EUA à Ucrânia desde fevereiro de 2022 ultrapassa os 67 bilhões de dólares, com contribuições europeias também substanciais, totalizando mais de 168 bilhões de euros em assistência militar, financeira e humanitária para a Ucrânia desde o início da guerra.
O Presidente Trump expressou frustração com a duração da guerra e com as tentativas de negociação de um acordo de paz. Ele sugeriu que a Ucrânia teria dificuldades em vencer sem a capacidade de atacar alvos dentro da Rússia, criticando políticas anteriores que, segundo ele, focavam apenas na defesa em vez de capacidades ofensivas.
Essa política de restrição no uso de armamentos de longo alcance, que já se aplicava aos mísseis ATACMS, reflete uma abordagem cautelosa dos EUA para apoiar a Ucrânia sem provocar uma escalada direta com a Rússia. A eficácia dos mísseis ERAM e do pacote de ajuda dependerá da aplicação dessas restrições, que podem limitar a capacidade da Ucrânia de realizar ataques profundos em território russo.
As questões levantadas por esta situação incluem o impacto das restrições no curso da guerra, a eficácia dos mísseis ERAM sob tais condições e as implicações de longo prazo da política dos EUA sobre o uso de armamentos fornecidos. A comunidade internacional, incluindo países europeus, tem um papel crucial no apoio à Ucrânia, com a União Europeia e seus estados membros mobilizando bilhões em assistência. A dinâmica de apoio e as restrições impostas sublinham a complexidade do cenário geopolítico atual e os esforços contínuos para equilibrar o suporte à Ucrânia com a gestão de riscos de escalada.