China Atinge 72 Lançamentos Orbitais em 2025, Consolidando Avanço no Setor Espacial

Editado por: Tetiana Martynovska 17

Novo recorde de lançamentos para a China: o país realizou suas 69ª e 70ª tentativas de lançamento orbital em 2025 nas últimas horas

O cenário espacial global registrou um marco significativo no fim de semana de 8 e 9 de novembro de 2025, quando a China alcançou a marca de 72 missões orbitais anuais. Este número supera o recorde anterior de 68 lançamentos estabelecido no ano anterior, sublinhando uma notável aceleração na capacidade de acesso ao espaço do país. A ascensão chinesa no setor espacial é caracterizada pela convergência de inovação estatal e o ímpeto do setor comercial, redefinindo a infraestrutura espacial nacional.

O fim de semana de recordes foi marcado por intensa atividade operacional. No sábado, 8 de novembro, um veículo Long March 11H lançou com sucesso três satélites de teste de tecnologia Shiyan-32. Na mesma noite, um foguete Long March 12 cumpriu a missão de implantar satélites para a megaconstelação SatNet, que planeja ter 13.000 unidades em órbita terrestre baixa. Este projeto de infraestrutura de comunicação, que inclui a rede Guowang, estabelece a China como um competidor direto no campo das comunicações globais. Paralelamente, o setor privado demonstrou vitalidade: a CAS Space concretizou o lançamento bem-sucedido de dois satélites de observação da Terra utilizando seu foguete Kinetica-1.

Apesar dos avanços, o setor enfrentou desafios. No domingo, 9 de novembro, o foguete Ceres-1 da Galactic Energy sofreu uma anomalia no estágio superior, resultando na perda dos três satélites a bordo. Incidentes como este reforçam a necessidade de avaliação contínua da resiliência dos sistemas, tanto estatais quanto comerciais, neste mercado doméstico projetado para valer mais de 344 bilhões de dólares em 2025. No contexto global, a performance chinesa de 72 lançamentos a coloca como uma potência espacial relevante, embora os Estados Unidos tenham ultrapassado a marca de 150 missões no mesmo período, em grande parte devido ao uso de lançamentos reutilizáveis.

A ambição chinesa estende-se além da frequência de lançamento. O país avança em projetos de exploração profunda, como o lançamento da sonda Tianwen-2, previsto para 2025, com o objetivo de coletar amostras do asteroide próximo à Terra 2016 HO3 e explorar um cometa. Essa diversificação estratégica, que abrange desde a infraestrutura de internet até a ciência planetária, demonstra uma visão de longo alcance. A sofisticação do ecossistema é complementada pela introdução de novos veículos, como o Long March 8A, e pela crescente capacidade de produção de satélites, como a meta de 100 unidades anuais da GalaxySpace, indicando uma determinação em transformar o espaço em um motor de crescimento econômico e projeção estratégica.

Fontes

  • Space.com

  • Space.com

  • Reuters

  • AP News

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