Astroscale Avança na Remoção de Detritos Espaciais com Nova Patente
A Astroscale, empresa de sustentabilidade espacial, obteve uma patente nos EUA para um novo método de remoção de detritos espaciais. O sistema utiliza uma arquitetura distribuída e reutilizável, aumentando a eficiência e a escalabilidade das operações de remoção ativa de detritos (ADR).
O método patenteado envolve uma espaçonave de serviço que se acopla a múltiplos detritos espaciais, como satélites desativados e estágios de foguetes. Esses objetos são transferidos para um veículo "pastor", responsável pela reentrada controlada na atmosfera da Terra. Essa abordagem visa minimizar os riscos de detritos que possam sobreviver à reentrada.
A flexibilidade do veículo pastor permite diferentes perfis de missão. Ele pode permanecer acoplado durante a reentrada, separar-se e retornar à órbita, ou ser omitido completamente.
Missão ELSA-M e o Futuro da Remoção de Detritos
A missão ELSA-M da Astroscale, com lançamento previsto para 2026, demonstrará essa tecnologia. A ELSA-M tem como objetivo ser o primeiro serviço comercial de fim de vida útil para satélites preparados.
Em dezembro de 2024, o satélite ADRAS-J da empresa alcançou a maior aproximação já realizada por uma empresa comercial de detritos espaciais, chegando a 15 metros de um estágio de foguete.
O Problema dos Detritos Espaciais
A quantidade de detritos espaciais em órbita tem aumentado nas últimas décadas, representando um risco para as operações espaciais. Estima-se que existam mais de 30.000 objetos maiores que 10 cm em órbita.
A proliferação de detritos espaciais pode levar à "Síndrome de Kessler", onde a densidade de objetos na órbita baixa da Terra é tão alta que uma colisão poderia gerar mais detritos, criando uma reação em cadeia.
A capacidade de remover detritos espaciais é essencial para o crescimento contínuo da indústria espacial e para a proteção dos serviços que dependem de satélites.