A Polônia deu um passo significativo em sua transição energética com o início da construção de seu primeiro reator modular pequeno (SMR) na cidade de Włocławek. Este projeto marca uma mudança importante na matriz energética do país, afastando-se da dependência do carvão em direção a um futuro com energia mais limpa e sustentável.
O empreendimento é uma colaboração estratégica entre a estatal de energia Orlen e a Synthos Green Energy. As duas empresas formaram uma joint venture, a Orlen Synthos Green Energy (OSGE), com participação igualitária de 50% cada. Esta parceria visa impulsionar a implementação de tecnologias nucleares avançadas na Polônia.
O reator a ser utilizado na nova instalação é o BWRX-300, desenvolvido pela GE Vernova. Este reator de água em ebulição é reconhecido por suas características de segurança aprimoradas e eficiência operacional, utilizando circulação natural e sistemas de segurança passivos. O projeto baseia-se no design do reator BWR certificado pela Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (ESBWR).
A escolha de Włocławek como local para o SMR foi resultado de extensas pesquisas geológicas e avaliações ambientais, garantindo que a instalação atenda aos mais altos padrões de segurança e sustentabilidade. O BWRX-300 é projetado para ser menor e menos complexo que reatores nucleares tradicionais, com custos de capital projetados até 60% menores por MW.
O CEO da Orlen, Ireneusz Fąfara, destacou a importância estratégica do projeto, afirmando: "Estamos construindo a energia do amanhã". A Orlen tem como meta ter pelo menos dois SMRs operacionais até 2035, com uma capacidade combinada de 0,6 gigawatts. Esta iniciativa está alinhada com os objetivos da Polônia de reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de carbono, contribuindo para as metas climáticas da União Europeia.
Espera-se que a construção do SMR em Włocławek gere um número considerável de empregos locais, impulsionando o crescimento econômico na região. A iniciativa também se insere em um movimento mais amplo na Europa, onde países buscam soluções de energia limpa para diversificar suas matrizes energéticas e cumprir compromissos ambientais.