Google Incorpora SynthID e C2PA ao Gemini, Democratizando a Verificação de Proveniência da IA

A Google implementou a sua tecnologia proprietária de marca d'água, o SynthID, diretamente na aplicação Gemini e na sua interface web. Esta expansão significativa, que começou a ser implementada no final de novembro de 2025, tem como objetivo democratizar a verificação de proveniência. Agora, utilizadores comuns podem questionar ativamente a origem de conteúdos visuais que encontram online. Os utilizadores têm a capacidade de carregar uma imagem no Gemini e fazer perguntas diretas, como se a imagem foi produzida por IA da Google, para iniciar uma análise em busca de sinais embutidos e impercetíveis gerados por inteligência artificial.

O SynthID, que foi inicialmente lançado para os modelos Imagen, insere marcadores diretamente na estrutura de pixels do conteúdo criado por IA. Estes marcadores são concebidos para manter uma elevada resiliência contra modificações comuns, tais como corte ou compressão de ficheiros. Até ao momento, mais de 20 mil milhões de peças de conteúdo já foram marcadas com esta tecnologia. Anteriormente, o portal do Detector SynthID servia essencialmente como uma ferramenta especializada para jornalistas e profissionais de comunicação social. Esta integração no ecossistema mais vasto do Gemini representa, assim, um avanço considerável rumo à autenticação transparente de conteúdo para todos os utilizadores.

A complementar este marcador invisível, a Google iniciou simultaneamente a incorporação de metadados de credenciais de conteúdo C2PA (Coalition for Content Provenance and Authenticity) em imagens geradas pelo modelo avançado Nano Banana Pro. Esta aplicação abrange o Gemini, o Vertex AI e o Google Ads. A Google, que recentemente se tornou membro do comité diretor do C2PA, continua a aprimorar o sistema. Existem planos concretos para estender a capacidade de verificação do SynthID a conteúdos de vídeo e áudio num futuro próximo.

O modelo Nano Banana Pro, que funciona com base no sistema Gemini 3 Pro Image e foi apresentado em 2025, demonstra uma capacidade notável, conseguindo produzir visuais com resolução nativa 4K. Adicionalmente, este modelo suporta a utilização de até 14 imagens de referência para garantir a consistência da marca em diferentes gerações de conteúdo.

Este enquadramento duplo, que combina a marca d'água invisível através do SynthID com os metadados de padrão aberto do C2PA, estabelece um sistema de transparência em camadas para todo o conteúdo que emana do ecossistema da Google. O sistema emprega métodos tanto visíveis — como o ícone de brilho que aparece em certas interfaces — quanto invisíveis para distinguir imagens criadas por IA daquelas produzidas por humanos. Esta abordagem reforça a confiança no panorama da informação digital, fornecendo um contexto fundamental a todos os intervenientes.