A Terra está girando mais rápido, um fenômeno que tem atraído a atenção de cientistas e especialistas em medição do tempo. Em 9 de julho de 2025, o planeta completou uma rotação 1,3 milissegundos mais rápido do que o habitual. O dia 10 de julho foi o mais curto do ano até agora, com 1,36 milissegundos a menos que 24 horas.
Essa aceleração, embora pequena, levanta questões sobre a precisão dos sistemas que dependem de medições de tempo exatas, como GPS e redes de telecomunicações.
A velocidade de rotação da Terra não é constante e pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo a atração gravitacional da Lua, mudanças sazonais na atmosfera e o movimento do núcleo líquido do planeta. A rotação da Terra leva aproximadamente 23 horas, 56 minutos e 4 segundos. A velocidade média de rotação no equador é de 1.670 km/h.
Embora a tendência geral, desde a formação da Terra, seja de desaceleração, variações podem ocorrer devido a terremotos, tsunamis e mudanças no núcleo terrestre. O derretimento das calotas polares também pode influenciar a rotação. Um estudo publicado na revista Nature mostrou que o derretimento do gelo polar está desacelerando a velocidade de rotação da Terra.
Se a aceleração persistir, pode ser necessário implementar um "segundo bissexto negativo" para ajustar o tempo atômico com o astronômico. Desde 1972, foram adicionados 27 segundos bissextos para manter os relógios sincronizados com a rotação da Terra. A possibilidade de um segundo bissexto negativo, no qual um segundo seria removido, é uma preocupação, pois nunca foi testada.