Pesquisas recentes revelam detalhes sobre as interações entre *Homo sapiens*, Neandertais e Denisovanos, oferecendo uma visão mais clara da evolução humana. A análise de genomas antigos tem demonstrado a complexidade dessas relações e como elas influenciaram a diversidade genética dos humanos modernos.
Um estudo publicado na *Nature Genetics* identificou instâncias de fluxo genético de populações de Denisovanos para os *Homo sapiens*. Esses achados indicam que o cruzamento entre diferentes espécies humanas foi um evento comum.
As interações entre *Homo sapiens* e Neandertais ocorreram em múltiplas ondas ao longo do tempo. A análise de genomas de 2.000 humanos contemporâneos, três Neandertais e um Denisovano revelou três ondas de contato: entre 200.000 e 250.000 anos atrás, outra entre 100.000 e 120.000 anos atrás e uma terceira entre 50.000 e 60.000 anos atrás.
Estudos genéticos indicam que os humanos modernos não africanos carregam entre 1 e 4% de DNA Neandertal em seus genomas. A presença de DNA Denisovano é mais alta em populações da Melanésia, variando de 4 a 6%.
Evidências sugerem que os Denisovanos cruzaram a Linha de Wallace, uma importante barreira biogeográfica, e interagiram com os *Homo sapiens* a caminho da Austrália e Nova Guiné. Essa descoberta indica que os Denisovanos possuíam a capacidade de realizar travessias marítimas.
As interações entre diferentes espécies humanas resultaram em trocas genéticas que tiveram um impacto duradouro na evolução humana. O estudo de genomas antigos continua a fornecer *insights* sobre a diversidade genética dos nossos ancestrais e como ela moldou as características dos humanos modernos.