O Tufão Nando, conhecido internacionalmente como Ragasa, intensificou-se significativamente sobre o Mar das Filipinas, apresentando uma ameaça iminente para o norte do país. Em 20 de setembro de 2025, a tempestade estava localizada a aproximadamente 775 quilômetros a leste de Casiguran, Aurora, com ventos sustentados de até 120 km/h e rajadas de até 150 km/h, deslocando-se para noroeste.
A previsão indica que o Nando continuará sua trajetória noroeste, com potencial para atingir a categoria de supertufão antes de se aproximar ou desembarcar nas Ilhas Batanes ou Babuyan entre a tarde de segunda-feira (22) e a manhã de terça-feira (23) de setembro. A Administração Filipina de Serviços Atmosféricos, Geofísicos e Astronômicos (PAGASA) alertou para uma rápida intensificação do Nando, com a possibilidade de se tornar um supertufão.
A interação do tufão com a monção de sudoeste deverá intensificar as chuvas e os ventos fortes em várias partes de Luzon. A PAGASA emitiu um Alerta de Maré de Tempestade, prevendo ondas de até 3 metros em áreas costeiras vulneráveis, como Batanes, Cagayan, Ilocos Norte e Ilocos Sur.
Em resposta à ameaça crescente, o Conselho Nacional de Redução e Gestão de Desastres (NDRRMC) elevou seu status de alerta para "vermelho", a mais alta prontidão para resposta a emergências, garantindo a mobilização completa das agências de resposta e coordenação interinstitucional.
Fenômenos meteorológicos extremos como o Tufão Nando têm um impacto econômico substancial nas Filipinas. Estudos indicam que tufões frequentes e de menor intensidade podem reduzir a atividade econômica local em cerca de 1%, enquanto eventos mais raros e intensos podem causar uma contração de até quase 3%. A vulnerabilidade do arquipélago a ciclones tropicais, agravada pelas mudanças climáticas, já resultou em uma queda média de 7% na renda das famílias filipinas, com algumas províncias experimentando reduções superiores a 20%. Os danos anuais estimados de ciclones tropicais devem aumentar em 7,2% até 2050, com perdas e danos representando cerca de 0,5% do PIB anual do país.
Esses eventos representam um risco significativo para a segurança alimentar e dificultam os esforços de recuperação econômica, afetando particularmente os setores agrícola e turístico. A preparação e a resposta coordenada emergem como pilares essenciais diante da força da natureza. A elevação do alerta pelo NDRRC e os avisos específicos da PAGASA sublinham a importância da vigilância e da ação proativa das comunidades.