Equipes de defesa civil sírias e voluntários locais estão a combater incêndios florestais significativos que consomem partes da Província de Latakia. Os incêndios, que começaram na quarta-feira, espalharam-se da Planície de Ghab, na Província de Hama, para aldeias na região de Jableh. A situação é agravada por condições climáticas extremas, com temperaturas elevadas e ventos fortes a dificultar os esforços de contenção. A Síria tem enfrentado o seu pior tempo extremo em 60 anos, segundo a FAO.
Mais de 10.000 hectares de terras florestais e agrícolas foram destruídos, afetando 28 locais. Mais de 1.120 pessoas foram deslocadas e aproximadamente 5.000 pessoas sofrem de dificuldades respiratórias. A dificuldade em conter os incêndios é atribuída a fatores climáticos severos, principalmente ventos fortes e altas temperaturas, além de terreno complexo e vestígios de guerra que obstruem o acesso a certos locais, incluindo a presença de munições não detonadas. A extensão dos danos é significativa, com relatos de dezenas de casas danificadas e centenas de árvores de fruto destruídas. A comunidade internacional tem oferecido apoio, com países como a Turquia, Jordânia, Líbano, Iraque e Qatar a enviar equipas para auxiliar. A ONU também alocou 625.000 dólares para apoiar os esforços de resposta de emergência. Apesar da gravidade da situação, há relatos de críticas à resposta governamental, com alguns residentes a acusar atrasos intencionais na extinção dos incêndios. A perda de produção agrícola e vegetação natural devido ao fogo tem implicações sérias para a segurança alimentar e agrava a instabilidade económica.
A situação reflete a intersecção de crises ambientais, humanitárias e de conflito. A longo prazo, a reabilitação das áreas afetadas e a prevenção de futuros incêndios serão cruciais para a recuperação ecológica e socioeconómica da região.