Nova Tempestade de Gelo Ameaça Atrasar a Recuperação do Alasca Após o Tufão Halong

Um alerta de tempestade de inverno foi emitido para a região de Yukon-Kuskokwim Delta, no Alasca, projetando uma sombra sobre os esforços de recuperação em curso após a devastação causada pelo Tufão Halong no início de outubro de 2025. O Tufão Halong, que se formou em 4 de outubro e atingiu o Alasca como um ciclone extratropical em 12 de outubro, provocou inundações recordes em localidades como Kipnuk e Kwigillingok, resultando no arrastamento de casas para o mar e no resgate de mais de 50 pessoas pela Guarda Costeira.

Meteorologistas preveem um acúmulo de gelo de até um quarto de polegada (aproximadamente 0,635 cm) em áreas metropolitanas como Bethel, conforme relatado pelo Serviço Nacional de Meteorologia, juntamente com fortes nevascas. Essa precipitação congelante representa um risco considerável para a infraestrutura já comprometida pela tempestade anterior, que incluiu ventos de até 107 milhas por hora (172 km/h) nas Montanhas Kusilvak. A chegada do inverno, com temperaturas caindo abaixo de zero, forçou a transição das operações estaduais de resposta para a fase de recuperação, com a redução do pessoal de emergência em 21 de novembro, marcando o início da estação em que as operações de reconstrução são tipicamente mais lentas.

Autoridades locais expressam apreensão de que a atual mistura invernal irá severamente postergar o processo de reconstrução, particularmente ao impactar as cadeias de suprimentos essenciais para reparos críticos. A Yukon-Kuskokwim Health Corp. antecipou o congelamento dos rios em questão de semanas, complicando o acesso logístico, um desafio que se soma à estimativa de que a reconstrução pode levar pelo menos 18 meses para os mais afetados. A Associação de Presidentes de Conselhos de Vilas (AVCP) havia recebido uma declaração federal de desastre em 21 de novembro, liberando 25 milhões de dólares em auxílio, mas a logística de entrega de materiais de reparo, como os necessários para restaurar o tratamento de água, é dificultada pelo gelo e pela neve.

O Tufão Halong, incomum por ter sido alimentado por temperaturas de superfície do Pacífico Norte mais quentes que o normal, deslocou mais de 1.500 pessoas, com estimativas iniciais sugerindo que 90% dos edifícios em Kipnuk foram destruídos. A interrupção das operações de reparo de emergência e limpeza devido ao inverno coloca em risco a segurança alimentar, pois os suprimentos de subsistência foram perdidos na inundação. A infraestrutura crítica, como as instalações de tratamento de água, depende de um reabastecimento contínuo de suprimentos e pessoal de reparo, que agora enfrentam condições de congelamento, conforme detalhado pela Divisão de Segurança Interna e Gerenciamento de Emergências do Alasca.

Enquanto a Guarda Nacional do Alasca mobilizou um esforço histórico, entregando 350.000 libras de carga, a nova ameaça de acúmulo de gelo, com previsão de chuva congelante em Bethel até quarta-feira, 3 de dezembro, exige uma reavaliação das prioridades de recuperação. Bryan Fisher, diretor da Divisão de Gerenciamento de Emergências, mencionou a esperança de reforçar a infraestrutura ou elevar casas com estacas para dar tempo às vilas de avaliarem os próximos passos, mas o clima severo impõe um ritmo mais lento a esses planos cruciais. A resiliência das comunidades nativas do Alasca, que enfrentam desafios logísticos únicos em comparação com os estados do continente, será novamente testada por este revés sazonal.