Depressão Persistente Causa Chuvas Intensas e Alertas de Inundação em Fiji

Uma depressão de baixa pressão, caracterizada por seu movimento lento, exerce influência significativa sobre o arquipélago de Fiji, resultando em precipitação volumosa em ilhas cruciais como Viti Levu e Vanua Levu. A persistência deste sistema meteorológico sobre a região intensifica os riscos hidrológicos associados, motivando a resposta das autoridades de gestão de emergências.

O Serviço Meteorológico de Fiji emitiu alertas formais de chuva forte, detalhados em um Boletim Meteorológico Especial pelo Centro Nacional de Previsão do Tempo em Nadi, às 14:00 de segunda-feira, 17 de novembro de 2025. O foco dos avisos recai sobre partes do interior, sul e leste de Viti Levu, bem como a metade sul de Vanua Levu. O Serviço Meteorológico e Hidrológico confirmou, em boletim posterior às 19:30 do mesmo dia, que a chuva forte é esperada durante a tarde ou noite sobre estas duas ilhas principais.

Em resposta direta às previsões, o Escritório Nacional de Gestão de Risco de Desastres (NDRMO) emitiu advertências claras aos residentes sobre a elevada probabilidade de inundações repentinas. A saturação do solo, consequência da chuva contínua, aumenta o potencial para deslizamentos de terra, um risco histórico no país, remetendo a incidentes como o ocorrido em Tukuraki em janeiro de 2012. As autoridades recomendaram que a população evite deslocamentos não essenciais e mantenha vigilância extrema perto de cursos d'água e áreas baixas.

As ilhas de Viti Levu e Vanua Levu, que concentram cerca de 87% da população fijiiana, são as mais vulneráveis a este tipo de evento, sendo Viti Levu a localização da capital, Suva. A precipitação em Fiji é frequentemente orográfica, onde as massas de terra elevadas interceptam os ventos alísios úmidos, forçando a condensação e chuva intensa nas encostas de barlavento. As condições atuais contrastam com a previsão para o dia seguinte, que aponta para períodos nublados com pancadas de chuva em outras regiões, embora trovoadas com quedas intensas devam persistir em Viti Levu e Vanua Levu.

A estrutura de resposta do NDRMO, gerida pelo Centro Nacional de Operações de Emergência (NEOC), possui um histórico de atuação em eventos severos, como os Ciclones Winston em 2016 e Yasa em 2020. A gestão de risco foi recentemente atualizada pelo Ato de Gestão de Risco de Desastres de 2024, reforçando a importância da vigilância contínua e do monitoramento das condições meteorológicas para mitigar os impactos desta depressão de movimento lento sobre a segurança pública e a infraestrutura do país insular.