Ciclone Ditwah Causa Inundações Catastróficas e Deslizamentos no Sri Lanka

O Ciclone Ditwah intensificou sua força, provocando inundações de proporções catastróficas e uma série de deslizamentos de terra letais no Sri Lanka até 28 de novembro de 2025. As precipitações pluviométricas atingiram intensidade extrema, com alguns locais registrando mais de 500 milímetros em um período de 24 horas, sobrecarregando a infraestrutura hídrica da ilha. Este cenário meteorológico adverso impactou diretamente a vida de mais de 150.000 cidadãos em 15 distritos afetados pela tempestade.

Relatórios emitidos no final da sexta-feira indicavam que o número de vítimas fatais havia ultrapassado 80, com dezenas de pessoas ainda desaparecidas, sublinhando a gravidade da crise, particularmente nas regiões centrais de Badulla e Nuwara Eliya. As regiões leste e central foram as mais atingidas pelos deslizamentos de terra, que se configuraram como a principal causa de óbitos, segundo autoridades locais. A destruição da infraestrutura essencial incluiu o colapso total de mais de 600 residências e a suspensão dos serviços de transporte ferroviário devido ao acúmulo de detritos sobre os trilhos.

O Rio Kelani, um curso d'água vital próximo à capital Colombo, transbordou significativamente, forçando a emissão de alertas de inundação de nível vermelho para diversas bacias hidrográficas na nação. O Centro de Gestão de Desastres (DMC) registrou que 5.893 indivíduos, de 1.729 famílias em 93 divisões secretariado, foram afetados, com três casas totalmente destruídas e 431 parcialmente danificadas. O Departamento de Irrigação emitiu um alerta vermelho específico para as bacias dos rios Mahaweli, Deduru Oya, Maha Oya, Kumbukkan Oya, Gal Oya e Malwattu Oya, antecipando inundações de grande escala.

Em um gesto de cooperação regional, a República da Índia mobilizou a 'Operação Sagar Bandhu', empregando ativos navais como o porta-aviões INS Vikrant e o navio de linha de frente INS Udaigiri para despachar suprimentos urgentes de Assistência Humanitária e Alívio de Desastres (HADR). O Primeiro-Ministro Narendra Modi expressou condolências e assegurou a disponibilidade de assistência adicional, guiada pela política de Vizinhança em Primeiro Lugar e pela Visão MAHASAGAR da Índia.

As forças de resgate do Sri Lanka, incluindo a Força Aérea e a Marinha, coordenaram operações aéreas para evacuar e resgatar moradores ilhados, como famílias presas em telhados na região de Polonnaruwa. O presidente do país, Anura Kumara Dissanayake, convocou uma reunião de emergência com os chefes das forças armadas para delinear a resposta à crise. As consequências econômicas incluíram a suspensão antecipada das negociações na Bolsa de Valores de Colombo devido às condições climáticas severas.

A Organização Nacional de Pesquisa de Construção emitiu notificações de evacuação vermelhas para 59 divisões secretariado em doze distritos devido ao risco iminente de deslizamentos de terra. As ações de mitigação envolveram a abertura das comportas de grandes barragens na tentativa de aliviar a pressão dos sistemas. A resposta internacional, liderada pela Índia, destaca a importância da cooperação regional diante de eventos climáticos extremos, que especialistas associam ao aumento da temperatura dos oceanos. Quase 44.000 pessoas buscaram refúgio em escolas e locais de emergência, exigindo uma resposta coordenada e sustentada.