Câmaras de Magma Sob Yellowstone Mapeadas: Uma Nova Perspectiva Geológica

Editado por: Tetiana Martynovska 17

Uma análise recente, utilizando imagens eletromagnéticas, revelou a presença de quatro câmaras de magma significativas a profundidades entre 4 e 11 quilômetros sob o Parque Nacional de Yellowstone. Essas formações geológicas são compostas predominantemente por magma riolítico, um tipo conhecido por seu potencial em gerar erupções explosivas. Uma dessas câmaras identificadas possui um volume comparável ao da erupção de Mesa Falls, que ocorreu há aproximadamente 1,3 milhão de anos.

Cientistas demonstraram particular interesse na região nordeste da caldeira, onde o magma riolítico mais superficial parece interagir com o magma basáltico mais profundo. Esse cenário pode intensificar a atividade vulcânica. Embora os pesquisadores enfatizem que uma erupção não é iminente, eles reconhecem a natureza dinâmica dos sistemas vulcânicos, que podem apresentar alterações ao longo de décadas. Yellowstone já testemunhou três grandes erupções nos últimos 2,1 milhões de anos, cada uma com impactos climáticos globais significativos. A mais recente erupção formadora de caldeira ocorreu há cerca de 630.000 anos, criando a caldeira de Yellowstone que conhecemos hoje.

A tecnologia de imagem eletromagnética, que se assemelha a um exame de tomografia computadorizada para a Terra, permite aos cientistas "visualizar" as estruturas subterrâneas com uma clareza sem precedentes. Essa metodologia, sensível à presença de magma, é uma ferramenta ideal para mapear sistemas vulcânicos e entender a distribuição do magma na crosta. Estudos anteriores, utilizando dados sísmicos, já indicavam a existência de dois corpos de magma: um mais raso, composto por riolito, e um mais profundo, de composição basáltica. A pesquisa mais recente aprofunda essa compreensão, detalhando a composição e a distribuição dessas câmaras.

O sistema magmático de Yellowstone é complexo, com reservatórios que contêm uma mistura de rocha derretida, cristais e gases. A câmara mais superficial, com cerca de 5 a 17 quilômetros de profundidade, é composta principalmente por riolito e contém uma porcentagem de fusão estimada entre 5% e 15%. Abaixo dela, um reservatório mais profundo, composto por basalto, estende-se de 20 a 50 quilômetros de profundidade, contendo cerca de 2% de fusão. A interação entre esses diferentes tipos de magma e suas profundidades é crucial para entender a dinâmica do sistema.

A descoberta de uma camada rica em gases, composta por magma parcialmente fundido, a apenas 3,8 quilômetros da superfície, é particularmente notável. Essa "tampa" atua como uma válvula natural, liberando lentamente gases e diminuindo significativamente o risco de uma erupção catastrófica. Essa técnica avançada de imagem sísmica representa um marco na compreensão das estruturas subterrâneas e na avaliação de riscos vulcânicos. Embora a possibilidade de uma erupção iminente seja baixa, a vigilância contínua e a pesquisa aprofundada são essenciais. A compreensão da evolução desses sistemas magmáticos e a identificação de áreas de potencial atividade futura, como a região nordeste, são fundamentais para a avaliação de riscos vulcânicos na região. A natureza dinâmica de Yellowstone, com seu sistema vulcânico ativo, oferece um laboratório natural para o estudo de processos geológicos fundamentais em escala planetária.

Fontes

  • Zee News

  • EADaily

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