Os habitantes da região metropolitana da capital russa presenciaram um evento astronômico raro na manhã de hoje, e os especialistas já estão mobilizando esforços para analisar os dados coletados.
MOSCOU, [27.10.2025] — Na madrugada desta segunda-feira, por volta das 06:30, horário de Moscou, o firmamento sobre Moscou e seus arredores foi subitamente rasgado por um clarão ofuscante. Essa bola de fogo intensa, que na nomenclatura astronômica é denominada bólido, cruzou a atmosfera terrestre, gerando uma avalanche de relatos e vídeos compartilhados nas redes sociais pelos inúmeros observadores.
De acordo com as avaliações iniciais dos peritos, o corpo celeste em questão era um objeto espacial relativamente pequeno, com dimensões estimadas entre 10 e 20 centímetros — comparável ao tamanho de uma bola de basquete. Muitos dos que testemunharam o fenômeno destacaram a presença de um rasto de cor verde-esmeralda incomum deixado pelo objeto em sua passagem.
Os cientistas apressaram-se em tranquilizar o público, explicando que essa coloração específica é um sinal característico e se deve à incandescência dos vapores de níquel durante a combustão atmosférica. O níquel, vale ressaltar, é um dos elementos mais abundantes encontrados na composição dos meteoritos metálicos.
“Neste caso, temos uma quantidade enorme de testemunhos, o que representa uma grande sorte para a ciência”, comentou um representante do Laboratório de Astronomia Solar do IKI RAN (Instituto de Pesquisas Espaciais da Academia Russa de Ciências). “Graças às gravações de vídeo obtidas a partir de múltiplos ângulos, seremos capazes de reconstituir com alta precisão a trajetória de voo, determinar a direção do movimento e a distância do objeto. Esperamos ter acesso a esses dados cruciais no decorrer das próximas 24 horas.”
Embora as estimativas preliminares sobre o tamanho do objeto possam ser ajustadas à medida que a análise da informação avança, a principal dúvida que paira sobre o evento matinal ainda não foi resolvida pelos pesquisadores.
Existe uma hipótese alternativa que sugere que os moradores da região da capital podem não ter visto um meteorito, mas sim a reentrada de um fragmento de lixo espacial — como, por exemplo, os destroços de um satélite antigo. Esta teoria é parcialmente sustentada pela fragmentação ativa do corpo observada pelos testemunhas. Contudo, objetos artificiais geralmente começam a se desintegrar em camadas mais elevadas da atmosfera, enquanto o visitante desta manhã voava a uma altitude comparativamente baixa.
“Por enquanto, não podemos descartar nenhuma das versões”, acrescenta o especialista. “Uma análise meticulosa da trajetória e da velocidade fornecerá a resposta definitiva: se foi um objeto natural vindo das profundezas do cosmos ou um artefato fabricado pelo homem que completou o seu ciclo.”
Desta forma, o espetáculo luminoso da manhã sobre Moscou não apenas proporcionou um vislumbre impressionante para milhares de pessoas, mas também se tornou um evento de grande valor científico, cujos detalhes serão pacientemente reconstruídos pelos pesquisadores nos próximos dias, peça por peça, para desvendar a origem exata do misterioso visitante.
