O enigmático sinal "Wow!", uma poderosa transmissão de rádio detetada em agosto de 1977, continua a ser um dos maiores mistérios da astronomia. Estudos recentes, baseados em análises aprofundadas de dados arquivados, apontam para fenómenos astrofísicos naturais como a origem mais provável, em vez de uma comunicação extraterrestre. As novas investigações sugerem que o sinal pode ter sido gerado por masers astronómicos, criados pela interação de nuvens de hidrogénio com fontes de energia intensas, como magnetares (estrelas de neutrões com campos magnéticos extremamente fortes).
O sinal "Wow!" foi captado pelo radiotelescópio Big Ear em 15 de agosto de 1977, proveniente da constelação de Sagitário. A sua intensidade e frequência específica, próxima da linha de hidrogénio (1420 MHz), levaram o astrónomo Jerry R. Ehman a anotar "Wow!" nos registos. Durante 72 segundos, o sinal exibiu características que o tornaram um forte candidato a uma origem artificial, mas nunca mais foi detetado. Investigações mais recentes, como um estudo publicado em agosto de 2024 e uma atualização em agosto de 2025, reavaliaram os dados originais com métodos modernos. Estas análises refinaram a localização potencial do sinal e mediram uma densidade de fluxo de pico superior a 250 Jy, indicando uma origem galáctica com uma velocidade radial mais elevada do que se pensava. A análise de dados arquivados do Observatório de Arecibo, recolhidos entre 2017 e 2020, revelou sinais semelhantes, reforçando a teoria do maser astronómico. Embora estas descobertas ofereçam uma explicação astrofísica plausível, a natureza transitória do sinal "Wow!" e a sua ausência de repetição continuam a apresentar desafios para a confirmação definitiva.