A Autoridade do Meio Ambiente (EA) de Omã iniciou um projeto nacional para proteger a flora rara nas Montanhas Hajar Orientais, uma região conhecida pela sua rica biodiversidade. O projeto visa monitorar e catalogar árvores e plantas ameaçadas para criar um banco de dados que fortalecerá os esforços de conservação do patrimônio natural do país.
As Montanhas Hajar Orientais abrigam espécies vegetais únicas, como a árvore de zimbro, que enfrenta ameaças ambientais significativas. O projeto da EA busca salvaguardar essas espécies através de documentação e monitoramento científico. A região, com seus cânions íngremes e ecossistemas singulares, tem uma história de habitação humana e cultivo que remonta a pelo menos mil anos. O projeto é uma colaboração entre a EA e a Universidade de Tecnologia e Ciências Aplicadas de Ibra, utilizando tecnologias como imagens de alta resolução e GPS para coleta de dados. Especialistas da universidade fornecerão expertise científica, enquanto a EA gerenciará as operações de campo.
O banco de dados resultante detalhará a localização, características biológicas e habitats naturais das plantas raras, sendo crucial para estratégias nacionais de preservação, pesquisa científica e conscientização pública. Este esforço reflete o compromisso de Omã com a conservação da biodiversidade, seguindo iniciativas anteriores como a campanha nacional para plantar 10 milhões de árvores nativas, iniciada em 2020 para combater a desertificação.
As Montanhas Hajar Orientais são um tesouro ecológico, abrigando mais de 1.208 espécies de plantas identificadas, com 78 delas sendo endêmicas de Omã. A árvore de zimbro, em particular, está em declínio devido a fatores como mudanças climáticas, pastoreio excessivo e colheitas insustentáveis. A degradação do habitat, exacerbada pelo acesso moderno e turismo, juntamente com incêndios, também contribui para o problema. A conservação dessas árvores antigas é um desafio, dada a sua lenta taxa de crescimento e sensibilidade às mudanças ambientais. A colaboração entre a EA e instituições acadêmicas como a Universidade de Tecnologia e Ciências Aplicadas de Ibra é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de proteção e garantir a continuidade dessas espécies vitais para o ecossistema de Omã.