O Cajueiro de Pirangi, reconhecido pelo Guinness World Records como o maior cajueiro do mundo, teve sua poda adiada para agosto de 2025. A árvore monumental, localizada em Parnamirim, Rio Grande do Norte, abrange uma área de aproximadamente 8.500 metros quadrados.
Inicialmente prevista para ocorrer ainda em 2025, a intervenção foi reagendada devido ao ciclo natural da árvore. O cajueiro entrou em período de floração, que se estende até novembro, seguido pela frutificação entre dezembro e janeiro, fases em que a poda não pode ser realizada. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) informou que o novo cronograma também considerou a necessidade de apresentar um planejamento detalhado das ações a órgãos como a Câmara Municipal de Parnamirim, o Ministério Público, representantes do turismo e comerciantes.
A decisão judicial para a realização das podas sistemáticas foi determinada em maio de 2023, em um processo que tramita há mais de uma década. A expansão da copa da árvore tem gerado preocupações sobre a circulação de veículos e pedestres, além de avançar sobre propriedades privadas. O Idema estima que o investimento para a poda e manejo fitossanitário, que visa combater pragas como cupins, seja de aproximadamente R$ 200 mil, com previsão de execução em até seis meses.
O Cajueiro de Pirangi, com origens que remontam a dezembro de 1888, é um símbolo cultural e ambiental de grande relevância para a região. A árvore, com mais de 110 anos, possui uma anomalia genética que faz com que seus galhos cresçam horizontalmente, tocando o solo e formando novas raízes, o que contribui para sua expansão contínua. Anualmente, o Cajueiro de Pirangi produz cerca de 60.000 a 80.000 frutos de caju. Anualmente, o cajueiro atrai mais de 300 mil visitantes, movimentando a economia local.
Discussões sobre a gestão e conservação do Cajueiro de Pirangi estão em andamento, envolvendo audiências públicas e consultas a especialistas. A necessidade de intervenções como a poda é reconhecida como crucial para conter o crescimento desordenado e garantir a longevidade do cajueiro, ao mesmo tempo em que se busca mitigar impactos adversos. A gestão atual é realizada pelo Idema, com o apoio de colaboradores locais.
A expectativa é que, após o período de floração e frutificação, as decisões sobre a poda sejam tomadas de forma a harmonizar a preservação da árvore com a segurança e o bem-estar da comunidade. A história e a imponência do Cajueiro de Pirangi continuam a inspirar e encantar, servindo como um lembrete da força da natureza e da importância de sua coexistência com o desenvolvimento humano.